Atenção Integral à Saúde da Criança

Ações relacionadas ao acompanhamento de crescimento e
desenvolvimento no âmbito da atenção básica

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Ações relacionadas ao acompanhamento de crescimento e
desenvolvimento no âmbito da atenção básica

Esteja atento para as crianças com alto risco de problemas oftalmológicos: prematuros extremos, histórico familiar de catarata, retinoblastoma ou doença metabólica, aqueles que têm atraso importante do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) ou dificuldades neurológicas e aqueles com doenças sistêmicas associadas a anormalidades visuais. Nessas situações, discuta as possíveis condutas com o médico de sua equipe ou com o pediatra do NASF.

Agora vamos acompanhar o procedimento padrão na avaliação da audição feita na consulta de puericultura. Lembre-se de:

  1. conferir se foi realizada triagem otoacústica neonatal. Se não, orientar a realização;

  2. no caso de ter sido realizada a triagem otoacústica neonatal, e o resultado apresentar alterações, seguir o protocolo do seu município para o encaminhamento ao especialista da área - prefeitura local;

  3. no caso de ter sido realizada, e o resultado for normal, realizar segmento subjetivo em toda consulta de puericultura, verificando aquisições conforme o quadro 5 a seguir:

Quadro 5: Avaliação da acuidade auditiva

  1. Realizar avaliação objetiva, se qualquer desses fatores estiver alterado.

  2. Realizar avaliação objetiva em toda criança por volta dos 4 a 5 anos.

Outras considerações importantes a serem abordadas na consulta de puericultura são: os exames de rotina e triagem neonatal e as orientações relacionadas à saúde bucal.

No Estado de Santa Catarina, o Laboratório Central, responsável pela execução dos exames, foi qualificado pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) para o diagnóstico de cinco patologias, são elas: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Hiperplasia Adrenal Congênita, Fibrose Cística e Hemoglobinopatias (MATTOZO; SOUZA, 2005, p. 84).

De acordo com o mesmo autor, a maioria dessas enfermidades pode ser tratada com sucesso, desde que sejam identificadas antes mesmo de manifestarem seus sintomas. Deste modo, todos os recém-nascidos devem ser submetidos ao teste, entre o 3º e o 30º dia de vida. Contudo, o ideal é que aconteça do 3º ao 5º dia de vida. As orientações da equipe de saúde devem ressaltar a finalidade deste exame e sua importância para o futuro da criança. Os profissionais de saúde devem permitir que a família expresse suas dúvidas a respeito do teste.

Anders, Boehs, Souza

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