Atenção integrada às doenças
prevalentes na infância: fatores de risco relacionados aos agravos à saúde infantil
Lembre que a febre altera a avaliação dos dados vitais. Recomenda-se tratar a febre principalmente quando:
está acima de 39º C;
há histórico de convulsões, doença cardiopulmonar real, neurológica aguda ou metabólica;
a criança tem idade entre 6 meses e 3 anos e também tem indicação relativa na idade inferior a 5 anos;
há desconforto da criança (algumas crianças sentem-se bem mesmo com temperatura elevada).
O que fazer quando a febre é a queixa principal? É fundamental avaliar o estado geral da criança, instituir medidas de cuidado e verificar a temperatura. Na seção anterior acerca das infecções respiratórias, encontram-se algumas medidas não medicamentosas que reforçamos:
resfriamento externo. Recomendam-se compressas ou espojamento (fricção da pele com esponja) de água morna (30ºC);
hidratação;
repouso;
roupas frescas e ambiente fresco.
Atente também para o fato de que, em crianças menores de 36 meses de idade, há maior risco de bacteremia oculta e infecções graves.
O enfermeiro precisa compartilhar com a família algumas informações que podem ajudá-la no controle da febre. Essas informações englobam medidas não farmacológicas para diminuição da temperatura e o reconhecimento dos sinais e os sintomas de agravamento da condição da criança.
É importante orientar a família de que a febre em crianças maiores de 2 meses, bem nutridas e sadias, deve ser tratada inicialmente através de medidas para diminuir a temperatura, deixando a criança confortável e estando atento quanto à sua reação ao tratamento (BOEHS, 2005).
Anders, Boehs, Souza