A atenção à saúde desenvolvida pelos profissionais da Atenção Básica tem por objetivo desenvolver um cuidado integral de forma a perceber o indivíduo como um todo.
A saúde bucal é parte essencial desse cuidado, afinal, o próprio ditado popular já diz que:

Desta forma, o profissional dentista que atua na equipe de saúde da Atenção Básica é convidado a compor um trabalho de equipe em que as ações de saúde bucal devem estar incluídas nas ações da equipe de saúde com vistas a atender as necessidades da comunidade.
Nesse contexto, as ações de saúde bucal têm sido organizadas nos serviços da Atenção Básica dirigida a determinados grupos prioritários, como: crianças e adolescentes; adultos e idosos.
Cuidados nas principais queixas e agravos da saúde da mulher
A atenção à saúde da mulher deve ser ampliada para além das questões biológicas diagnosticadas nos problemas e agravos encontrados em consultas realizadas. A avaliação do estado de saúde deve procurar identificar esses problemas e agravos em esferas mais amplas e abrangentes.

A saúde bucal é parte integrante de tais ações e demanda, por parte da equipe, uma atenção especial no sentido de criar estratégias que promovam esse cuidado à luz da integralidade em saúde.
Principais agravos à saúde bucal da mulher
O dentista que trabalha na Atenção Básica está habituado a atender mulheres em sua prática cotidiana. Contudo, nem sempre está atento às especificidades presentes nesse atendimento. Isso ocorre porque as questões de gênero ainda são pouco discutidas no âmbito da odontologia. |
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Em uma pesquisa realizada por Silva (2001), os resultados evidenciaram que praticamente inexiste na saúde bucal em geral uma atenção diferenciada para as mulheres, mas destacam a atenção priorizada quando a mulher se encontra no período de gestação. Posteriormente, o foco principal da atenção volta-se à prevenção de doenças bucais no bebê.
A sociedade valoriza muito mais as atividades atribuídas aos homens, com seu trabalho, do que os cuidados que as mulheres têm para com suas atividades domésticas, filhos e companheiros. Ao longo da história, a Igreja, o sistema educacional e a medicina acabaram consolidando essa visão.
Carcereri, Santos e Tognoli