As expectativas das equipes, neste sentido, devem ser sensíveis às possibilidades das pessoas, das famílias. Isso passa pela afirmação dos usuários como sujeitos de direitos e olhar para eles além das intervenções da saúde, além do transtorno.

É importante considerar as dinâmicas de interação com a cidade, trabalho, família, educação. As melhoras são multidimensionais, passando pelas compreensões de “se sentir apto a trabalhar”, ou “poder voltar a estudar”, “a namorar”, sem necessariamente ter um objetivo único de abandono ao consumo de drogas, ou controle de sintomas relacionados a qualquer transtorno mental.

A origem da palavra autorização, advém do termo latino autorictas, que era “o poder que detinha o censor romano de fazer existir uma coisa no mundo” (BENVENISTE, 1995). Podemos fazer existir direitos, fazer existir pessoas, fazer existir uma sociedade solidária e temos caminhos para isso.