Nos anos 1990 as propostas da Reforma Psiquiátrica começaram a fazer parte das orientações da política pública de saúde. A redemocratização do país e a criação do SUS, na Constituinte de 1988, e sua regulamentação em 1990, permitiram à Reforma Psiquiátrica desenvolver sua proposta de substituição do modelo hospitalocêntrico por uma rede de atenção psicossocial de base comunitária em bases mais institucionais.

O Ministério da Saúde acolheu as sugestões do movimento social, e criou as primeiras regulamentações para serviços comunitários, chamados então de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ou Núcleos de Atenção Psicossocial (NAPS). Em 1992, a II Conferência Nacional de Saúde Mental, convocada amplamente e antecedida de conferências municipais e estaduais, teve a participação expressiva de usuários e familiares, e apoiou as propostas de substituição do modelo centrado nos hospitais psiquiátricos pela rede aberta de serviços comunitários.

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A II CNSM, em seu relatório final, apresentou a proposta de que a rede de saúde mental se encarregasse de construir respostas efetivas para a atenção integral aos pacientes com problemas decorrentes do uso prejudicial de álcool e outras drogas. Até então, o tema do álcool e outras drogas estava ausente do debate da Reforma Psiquiátrica. Porém, apesar da recomendação do relatório final da conferência, não se implantou, na década de 90, uma política para álcool e drogas no âmbito da saúde pública.

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