O desrespeito aos direitos humanos dos pacientes, expresso pela violência e abandono a que eram submetidos nos asilos psiquiátricos, foi, desde o início, o tema dominante das denúncias do MTSM.
Mas, quais eram as razões gerais e os determinantes políticos, econômicos e culturais para esse abandono dos pacientes nos hospitais psiquiátricos? Clique e acompanhe!
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Havia, portanto, duas espécies de hospitais psiquiátricos: os públicos estatais, pertencentes ao Ministério da Saúde ou às Secretarias Estaduais de Saúde, e os mais recentes à época, implantados principalmente a partir de 1966, quando ocorreu a unificação da Previdência Social, criando-se o Instituto Nacional de Previdência Social - INPS, já sob a Ditadura Militar, remunerados pela Previdência para a internação de trabalhadores urbanos.
Nos hospitais públicos estatais, em que o modelo asilar de confinamento (longas internações, instituições fechadas, isolamento) era mais evidente, internavam-se, por tempo indeterminado, os pacientes oriundos dos segmentos mais pobres da população, em geral migrantes rurais e desempregados urbanos. Entre eles, certamente figuravam os usuários de álcool e outras drogas. Nos hospitais do INPS (depois INAMPS, a partir de 1974), internavam-se os “novos” pacientes, aqueles que tinham conseguido algum vínculo laboral (carteira assinada) e faziam jus ao benefício do INPS (DELGADO, 1987).
