A ideia de Direitos Humanos nem sempre existiu – muito no início da reflexão sobre o tema, havia apenas o imaginário dos chamados “direitos naturais”, ou seja, direitos que já nasciam com a pessoa, como virtudes.

Esta concepção foi colocada em cheque pelos diversos exemplos da história em que pessoas foram submetidas à absoluta privação de todos seus direitos sem que isso lhes tirasse sua condição de seres humanos. Afinal, jamais uma pessoa deixa de ser pessoa. Poderiam existir pessoas sem direitos garantidos, e, mesmo assim, seriam pessoas.

Percebe-se, a partir daí, dois aspectos:

A responsabilidade coletiva será sempre sustentada pelo reconhecimento do outro em sua condição humana, como igual, o que permite o estabelecimento da solidariedade, motor da preservação coletiva dos Direitos Humanos.

Podemos identificar na história alguns momentos chaves para o reconhecimento de Direitos Humanos, mais especificamente nas sociedades ocidentais. Não são momentos únicos ou isolados, mas eles servem como bons parâmetros para identificar conquistas. A evolução histórica dos Direitos Humanos pode ser dividida em etapas para fins didáticos, mas ao final resultam em um conjunto interdependente e interligado de direitos.