O desafio do movimento de Reforma era, portanto, denunciar a violência e ineficácia de um sistema assistencial hospitalocêntrico, asilar, que excluía do tratamento a maior parte da população, que transformava a loucura e problemas em função do uso de drogas em mercadoria, e que se ancorava em uma visão preconceituosa e estigmatizante sobre o sofrimento mental.

A Reforma Psiquiátrica, cujo principal ator coletivo até esse momento ainda era o MTSM, tentou enfrentar dois desafios, clique abaixo para saber quais foram eles.

Esse duplo movimento, de “reforma do Asilo” e de ambulatorização, característicos dos anos de 1980, representou algum avanço, mas principalmente tornou possível a consciência dos obstáculos poderosos que a Reforma Psiquiátrica teria que enfrentar.

Sem uma ação de âmbito nacional, que tomasse como objeto a mudança dos dois paradigmas, o hospitalocêntrico e o da invalidação social e jurídica do usuário de Saúde Mental, as transformações necessárias na política de saúde mental não seriam atingidas.