
Primeiro passo: Definição dos problemas
Como vimos na aula anterior, a Estimativa Rápida deve, além de identificar os principais problemas de saúde da área de abrangência, produzir informações que permitam conhecer suas causas e consequências.
Importante ressaltar, entretanto, que quando falamos de um problema, não estamos nos referindo a um problema isolado, mas a todos os demais problemas relacionados com ele, isto é, suas causas e suas consequências (problemas intermediários). Ou seja, ao identificar um problema, devemos primeiro considerar se ele é um problema terminal, para então identificar também os problemas intermediários que farão parte da cadeia de causas do problema.
Caso sinta necessidade, retome as definições de problemas apresentadas na aula 2 deste módulo.

Após a identificação dos problemas (finais), torna-se necessário a seleção ou priorização dos que serão enfrentados, uma vez que dificilmente todos poderão ser resolvidos ao mesmo tempo, principalmente pela falta de recursos (financeiros, humanos, materiais etc.).
Segundo Passo: Priorização dos problemas
Como critérios para seleção dos problemas, você pode considerar:
a importância do problema, sua
urgência e a
capacidade de enfrentá-lo. Esta é apenas uma sugestão, mas você pode definir ainda outros critérios que julgar relevantes.

Dessa maneira, uma vez definidos os problemas e as prioridades (1º e 2º passos), a próxima etapa será a descrição dos problemas selecionados.
Terceiro passo: Descrição do problema selecionado
A identificação e priorização dos problemas não é suficiente para que se possa definir as intervenções na perspectiva de solucioná-los. É preciso avançar mais na compreensão de cada problema, sendo assim, buscaremos descrevê-lo melhor.

Mas o que é um descritor?
Um descritor constitui-se um elemento que irá caracterizar o problema quantitativa e/ou qualitativamente, descrevendo como este é percebido e se manifesta na realidade. Nesse sentido, um problema pode ser descrito com poucos descritores, como, por exemplo, a taxa de mortalidade infantil no Brasil é de 19,88/mil nascidos vivos em 2010. Dessa forma, espera-se uma modificação do descritor com a aplicação do plano, indicando com isso a efetividade deste no enfrentamento do problema.