A descentralização do serviço de saúde não é apenas uma distribuição de responsabilidades. Ela é um processo de desenvolvimento de novas práticas. E cabe à equipe de saúde da família levar essas práticas à população.
É necessário promover a articulação de ações entre todos os envolvidos, com a gestão do local, do cuidado e dos serviços, através de um modelo de Gestão Participativa da Saúde.
O desafio gerencial neste modelo de gestão consiste em programar formas de participação e envolvimento dos diferentes atores no contexto da saúde, de forma que aproxime os trabalhadores do resultado final, para que haja a integração completa entre os profissionais.
Este modelo é um trabalho interdisciplinar que necessita de autonomia, vínculo e responsabilidade das equipes de saúde comprometidas com a promoção da saúde.
O movimento funciona na seguinte ordem:
Gerenciar o cuidado é a capacidade de planejar a assistência ao usuário para promover a saúde com projetos terapêuticos que respondam aos princípios de vinculação, corresponsabilização, equidade e integralidade.
É a gestão democrática dos serviços de saúde.
Em todo esse processo, independentemente das denominações que os diferentes autores assumem, o que se busca é uma gestão integrada, com foco na realidade local e nas iniciativas de novos arranjos institucionais, como:
ampliação da autonomia e do poder local;
definição de pactos e parcerias locais;
desenvolvimento e revisão de métodos e instrumentos de trabalho;
criação e recriação de sentidos e significados das práticas.
O seguimento das ações e dos acordos é indispensável à gestão participativa e integrada, para determinar o caminho e identificar os entraves e dificuldades, permitindo a redefinição de estratégias para o alcance das metas estabelecidas.
Lembre-se: todos os objetos deste módulo remetem a alguma reflexão. E, para facilitar sua compreensão, todas as argumentações e contextualizações estão no material impresso.
Não deixe de lê-lo. Essa leitura será muito importante para o seu desenvolvimento