Ações de Referência e Contrarreeferência e Acompanhamento Interdiscplinar
A priorização da Saúde Bucal na atual gestão do Ministério da Saúde originou o programa Brasil Sorridente, que tem promovido a ampliação do acesso aos serviços de Atenção Básica em Saúde Bucal e de Atenção Especializada, especialmente através da implantação dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), pautando-se pela busca da efetivação da integralidade na atenção à saúde. Isso implica, na incorporação e, no desenvolvimento de tecnologias que objetivem organizar os sistemas de referência e contrarreferência, proporcionando o atendimento integral da criança.
A PNAB, em suas diretrizes, destaca a corresponsabilização dos serviços e de seus profissionais com os problemas e demandas dos usuários, garantindo respostas resolutivas.
O diagnóstico de fatores que impliquem a necessidade de encaminhamento da criança deverá ser realizado através de meios formais, como os formulários de referência do SUS, ou em formulários específicos da instituição em que o profissional atua, acompanhado ou não de exames complementares e radiografias. Entende-se que o agendamento por escrito é condição fundamental para que seja possível criar possibilidades de prosseguir o tratamento conforme o fluxo do sistema.
Após o término do tratamento, a criança deverá ser encaminhada para a UBS/SF de origem para a conclusão do tratamento inicial e para a manutenção, juntamente com o formulário de contrarreferência devidamente preenchido, no qual conste a identificação do profissional, o diagnóstico e o que foi realizado.
O sistema de agendamento de consultas e exames varia conforme cada instituição. O Ministério da Saúde, no entanto, objetivando a ordenação das práticas de assistência, disponibiliza um mecanismo de referenciamento on-line; ou seja, um sistema de marcação de consultas e exames às especialidades por meio do Sistema de Regulação do SUS (SISREG), que pode ser adotado pelos serviços públicos de saúde de todo o país.
Os profissionais da atenção básica devem estar preparados para oferecer um serviço com um olhar para o todo, com uma visão vigilante, generalista e integral da criança, da família e da comunidade.
No modelo interdisciplinar, a construção do plano de tratamento é coletiva, devendo cada profissional apresentar sua opinião, seguindo-se um período de discussão até o alcance do consenso, com redação final das recomendações. Para que a interdisciplinaridade ocorra de fato e contribua para aumentar a eficácia das intervenções, não basta somente facilitar a comunicação entre distintos especialistas e profissionais. É necessário, também, montar um sistema que proporcione um compartilhamento de responsabilidades pelos casos segundo cada projeto terapêutico específico.
O papel de cada instância deve ficar bem claro. Em uma equipe interdisciplinar, fica evidenciada a importância de cada trabalhador e a interdependência das diferentes áreas, o que possibilita uma valorização profissional atrelada a resultados, e não somente ao status ou prestígio de determinadas especialidades (BRASIL, 2006e).
Através de uma efetiva comunicação entre os níveis de atenção básica, secundária e terciária, será possível construir uma prática de atenção global.
Agora, para encerrar seus estudos, o que você acha de testar seu aprendizado?