Ficar atento para esses sinais ou sintomas é um papel contínuo dos pais/cuidadores e profissionais de saúde. Quando você se deparar com um caso suspeito de violência ou abuso infantis, lembre-se de que os profissionais do NASF, como o assistente social ou o pediatra podem apoiá-lo e auxiliá-lo a conduzir essa situação de maneira mais adequada, sem expor a família ou a criança, garantindo-lhes atendimento e proteção.
Leitura complementar:
Clique aqui e leia mais sobre o assunto acima tratado Linha de Cuidado para Atenção Integral à saúde a Crianças e Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violência.
Para refletir:
Durante um atendimento odontológico, o auxiliar de consultório dentário e o dentista percebem que a criança encontra-se extremamente resistente ao contato físico e verbal dos profissionais. Ao falar com a avó, responsável pela criança no momento do atendimento, ela informa que os pais estão separados, a mãe trabalha em um escritório em turno integral e o pai da criança é ausente. A criança fica sob os cuidados de uma babá enquanto sua avó e sua mãe trabalham.
Na tentativa de realizar os procedimentos necessários, o dentista identifica a presença de manchas roxas na região cervical da criança. Nesse momento, suspeita de maus tratos e violência doméstica.
A fim de preservar a criança e a família e proporcionar uma atenção integral à menina, a equipe de saúde bucal discute o caso com o assistente social do NASF e solicita avaliação conjunta com o médico e o ACS da respectiva microárea. Juntos, os profissionais discutem como proceder diante daquela situação familiar.
E na sua equipe? Você já se deparou com algum caso de violência doméstica?
Quais foram, ou seriam, as suas condutas? O caso foi discutido em equipe? E os profissionais do NASF, como contribuíram ou poderiam contribuir?
Anders, Boehs, Souza