Atenção integrada às doenças
prevalentes na infância: fatores de risco relacionados aos agravos à saúde infantil
Para a criança com diarreia associada à desidratação leve ou moderada, deve-se instituir a Terapia de Reidratação Oral (TRO), na unidade de saúde, durando em média quatro horas.
Fique alerta: criança com diarreia e desidratação grave deverá ser encaminhada para tratamento em ambiente hospitalar.
Deve-se suspender a hidratação oral e encaminhar a criança ao hospital nas seguintes condições:
alteração do nível de consciência;
vômitos persistentes (mais de 4/hora);
ausência de ganho ou perda de peso com duas horas de TRO;
suspeita de íleo paralítico (vômitos biliosos, distensão abdominal e ausência de ruídos hidroaéreos).
Outra intercorrência, embora representativa de uma série de alterações correlacionadas ao processo de adoecimento, é a febre. Habitualmente, essa é a queixa que mais traz famílias às unidades de saúde, além de ser um fator de considerável preocupação no ambiente hospitalar.
Você se lembra de que o controle da temperatura é feito pelo hipotálamo a partir dos centros termorreguladores?
A febre está associada ao aumento da temperatura interna, podendo ser causada por diversos fatores, dentre eles por toxinas que afetam os centros termorreguladores ou por anormalidades cerebrais (BOEHS, 2005). O controle da temperatura está bem desenvolvido em períodos etários mais avançados que o infantil. Em especial, os recém-nascidos e prematuros têm mais dificuldade no controle da temperatura. A criança, de maneira geral, está mais sujeita às oscilações de temperatura dos que os demais.

Anders, Boehs, Souza