Este é um período em que a mulher está mais susceptível ao surgimento de problemas bucais. Também é um período em que frequenta a UBS mais regularmente, o que possibilita um acompanhamento por parte da equipe de saúde.
No período do pré-natal, é comum que a gestante se preocupe em apenas ir ao médico, porém é de grande importância que a mulher seja atendida por toda a equipe de saúde, incluindo o atendimento com o dentista. Para isso, é preciso que os profissionais de saúde realizem em conjunto, um trabalho de promoção à saúde e de prevenção de doenças.
A adesão das mulheres ao cuidado pré-natal está relacionada com a qualidade da assistência prestada pelo serviço e pelos profissionais de saúde (ENKIN et al., 2004).
Para tal, é importante você fazer uma leitura sobre as modificações gerais e locais na gravidez, desconfortos gravídicos e diagnóstico da gravidez, facilitando o acompanhamento pré-natal.
Leitura complementar:
Para um maior entendimento do assunto, clique aqui e consulte o Caderno de Atenção Básica sobre Saúde bucal.
Consulte também sobre atenção à saúde bucal da gestante e da criança clicando aqui.
As informações a seguir devem ser compartilhadas com os demais membros da equipe de saúde de sua unidade, uma vez que os demais profissionais também são questionados pelas gestantes a respeito de dúvidas sobre sua saúde bucal.
Muitas gestantes apresentam uma alta prevalência de cárie. Por que isso ocorre?
Durante o processo gestacional, é comum algum tipo de alteração nutricional, como a alta ingestão de sacarose.
Este hábito pode se agravar caso estiver associado à negligência da higiene bucal. Em relação à saliva, as mudanças salivares são comuns, como a diminuição da secreção e a alteração do seu conteúdo, que fatalmente podem aumentar o risco à cárie nesse período.
É relevante que haja manutenção de fluoreto no meio ambiente bucal, uma forma de se interferir no processo de desmineralização e de remineralização.
No caso de fluorterapia sistêmica, para Cury (1992) e Driscoll (1981), a recomendação é de que a ingestão suplementar de flúor durante a gravidez não seja utilizada, pois sua eficácia não tem sido demonstrada.
Carcereri, Santos e Tognoli