Com o foco na integralidade da atenção e nos conhecimentos dos aspectos fisiológicos presentes no ciclo de vida, os profissionais da equipe de saúde da família, especialmente na enfermagem, devem reconhecer que muitas mulheres procuram o serviço de saúde apenas por “queixas ginecológicas”. Este se torna um momento ímpar, que deve oportunizar uma avaliação mais abrangente, procurando-se identificar também queixas e agravos não ginecológicos e implementar medidas de proteção, promoção e prevenção em saúde geral.
Dentre estes, salientam-se os fatores de vulnerabilidade e risco, a associação entre queixas ginecológicas e violência de gênero, e as comorbidades presentes nos ciclos de vida que devem delinear as escolhas terapêuticas. “O sangramento uterino anormal, juntamente com a dismenorreia, a dor pélvica, a anticoncepção e a leucorreia, são os motivos mais frequentes de consulta em clínica ginecológica”. (DUNCAN; SCHMIDT; GIUGLIANI, 2004, p. 452).
Comecemos com as alterações no ciclo menstrual.
Por exemplo, o Carcinoma genital, que refere-se a todo tipo de câncer na região genital e tem como principal sintoma, na maioria das vezes, o sangramento vaginal que ocorre fora do período de menstruação, não está associado à doença orgânica. Porém, a investigação e o tratamento do sangramento uterino anormal vão depender da idade e das condições gerais da mulher, dos dados da história e do exame físico, bem como dos achados de exames complementares (DUNCAN; SCHMIDT; GIUGLIANI, 2004).
A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) possui uma série de diretrizes pautadas nas queixas mais comuns relacionadas com o ciclo menstrual.
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Além disso, a FEBRASGO possui uma série de manuais que estão disponíveis on-line, como este aqui que orientou a elaboração desta unidade e que trabalha a questão da ginecologia endócrina.
Clique aqui para acessar o site da FEBRASGO.
Santos, Zampieri, Oliveira, Carcereri, Correa, Tognoli e Freitas