Atenção Integral à Saúde do Adulto

Atenção integral aos usuários com doenças crônicas não transmissíveis

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Atenção integral aos usuários com doenças crônicas não transmissíveis

Diante do crescente número de casos de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) na população brasileira, percebe-se não apenas um avanço considerável nos conhecimentos científicos nesse campo, como também uma transformação na percepção do significado de doença crônica, que, apesar de englobar doenças ou estados de mal-estar com características bastante distintas na forma como se apresentam (etiologia, fisiopatologia, evolução, órgãos afetados e tratamento), possuem algumas semelhanças, especialmente na maneira como afetam a vida das pessoas, que passam a viver nessa nova condição de saúde (PADILHA; SILVA; BORENSTEIN, 2004).

Adiantamos que as ações de atenção integral à saúde do adulto em condição crônica de saúde constituem um tema cuja reflexão remete à necessidade de compreensão dos diversos fenômenos que pertencem ao processo saúde-doença. Um complexo conjunto de fatores sociais, culturais e emocionais mescla-se nesse processo, os quais devem ser enfatizados para além do diagnóstico e do tratamento das doenças.

A assistência na Atenção Básica pressupõe a ampliação da resolubilidade dos agravos à saúde a que a população está exposta. Considerando essa multiplicidade de exposições, agravos e doenças, o Ministério da Saúde lançou em 2011 o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011 – 2012 (BRASIL, 2011).

Ampliando a capacidade de intervenção

Intervenções efetivas para DCNT são determinadas, em grande parte, pela capacidade do sistema de saúde. Assim, fortalecer e priorizar os programas de doenças crônicas são ações fundamentais para expandir essa capacidade. Programas e políticas locais e regionais devem ser articulados com o Plano Nacional de DCNT e também ofertar cuidados aos indivíduos com doenças crônicas, por meio do Sistema Único de Saúde, especialmente na Atenção Básica. O Plano deve estar articulado com ações que promovam a melhoria do Sistema de Informações, a formação dos profissionais de saúde, um financiamento adequado, a obtenção de medicamentos e tecnologia essencial.

Reibnitz Jr., Freitas, Ramos, Tognoli, Amante, Cutolo, Padilha e Miranda

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