Atenção Integral à Saúde do Idoso

Introdução à Atenção Integral à Saúde do Idoso

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Introdução

Na atualidade, o empobrecimento da população idosa é uma realidade que impressiona, uma vez que a remuneração percebida por meio de aposentadorias e pensões (sua principal fonte de renda) foi reduzida drasticamente com o passar dos anos.

Em 1988, quase 90% dos idosos aposentados no Brasil recebiam contribuições de até 2,5 salários-mínimos (CHAIMOWICZ, 1997). Hoje, quase 25 anos depois, o valor médio das aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é de R$ 715,44 (SINDIFISCO NACIONAL, 2010). Tendo em vista que, em 2012, por exemplo, o salário mínimo corresponde a R$ 622,00, fica evidente a pauperização do aposentado em nosso país.

A existência de ambientes socioculturais marcados pelo respeito à pessoa idosa e o reconhecimento do valor do envelhecimento saudável são pilares para o desenvolvimento de ações de saúde dirigidas a essa população. Sob tal inspiração, a OMS lançou, em 2005, o Projeto Cidade Amiga do Idoso, em 33 grandes cidades nos cinco continentes, com vistas a gerar um guia identificador das características principais dessas cidades.

Uma cidade amiga do idoso é aquela que adapta suas estruturas e serviços para que sejam acessíveis e inclusivos às pessoas idosas com diferentes necessidades e capacidades, o que estimula o envelhecimento ativo ao otimizar as oportunidades para a saúde, participação e segurança, a fim de aumentar a qualidade de vida das pessoas à medida que envelhecem.

Trata-se de uma contribuição para que as comunidades consigam autoavaliar-se em nove categorias (espaços abertos e prédios, transporte, moradia, participação social, respeito e inclusão social, participação cívica e emprego, comunicação e informação, apoio comunitário e serviços de saúde) e, a partir de tal diagnóstico, planejar e implementar ações que tornem mais amigáveis os lugares onde vivem, beneficiando a todos.

A OMS também tem reconhecido que a atenção prestada à pessoa ao longo do curso da vida nas unidades de saúde tem um papel determinante para o envelhecimento saudável. Indica, ainda, que essas unidades de saúde sejam amigáveis a todas as faixas etárias, e aponta enfaticamente que os referidos serviços sejam acolhedores e ajustados às necessidades dos idosos.

Martini, Mello, Xavier, Botelho, Massignam

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