Confira a seguir algumas considerações acerca da avaliação da alimentação da criança e de como orientar a família a proporcionar uma alimentação saudável.
Acompanhe, a seguir, o quadro que orienta a alimentação complementar para crianças menores de 2 anos.Observe o esquema para a introdução dos alimentos complementares:
Faixa etária
Tipo de alimento
Até completar 6 meses
Aleitamento materno exclusivo
Ao completar 6 meses
Leite materno, papa de fruta, papa salgada, ovo, carne
Ao completar 7 meses
Segunda papa salgada
Ao completar 8 meses
Gradativamente passar para a alimentação da família
Ao completar 12 meses
Comida da família
QUADRO: Orientações para a alimentação complementar da criança Fonte: BRASIL, 2009.
Veja a seguir alguns tipos de alimentação:
Lembre-se também de orientar que crianças que recebem outro leite que não o materno devem consumir no máximo 500 ml por dia.
Cuidados no preparo da alimentação:
a água deve ser tratada, fervida ou filtrada;
lavar as mãos em água corrente e sabão antes de preparar e oferecer comida para a criança;
todo utensílio que vai ser utilizado para oferecer comida à criança precisa ser lavado e enxaguado com água limpa;
os alimentos contidos nas papas salgadas devem ser bem cozidos;
as frutas devem ser bem lavadas, em água própria, antes de serem descascadas, mesmo aquelas que não sejam consumidas com casca;
a sobra do prato não deve ser oferecida novamente, nem a sobra da mamadeira.
A criança também deve receber água em temperatura ambiente no intervalo das refeições, no mínimo três a quatro vezes por dia.
Também é preciso que a equipe de saúde considere algumas orientações especiais, principalmente para a dupla mamãe e bebê no processo do desmame. Acompanhe as orientações a seguir.
O desmame abrupto deve ser desencorajado, pois, se não está pronta, a criança pode se sentir rejeitada pela mãe, gerando insegurança e, muitas vezes, rebeldia.
No desmame natural, a criança autodesmama, o que pode ocorrer em diferentes idades, em média entre 2 e 4 anos e raramente antes de 1 ano. Costuma ser gradual, mas às vezes pode ser súbito, como, por exemplo, em uma nova gravidez da mãe. A mãe também participa ativamente do processo, sugerindo passos quando a criança estiver pronta para aceitá-los e impondo limites adequados à idade. As razões mais frequentemente alegadas para a interrupção precoce são leite insuficiente, rejeição do peito pela criança, trabalho da mãe fora do lar, “leite fraco”, hospitalização da criança e problemas nas mamas.
Muitos desses problemas podem ser evitados ou manejados pelos profissionais de saúde através de observação, orientações e vínculo. Quando o profissional de saúde se depara com a situação de a mulher querer ou ter que desmamar antes de a criança estar pronta, é importante, em primeiro lugar, que ele respeite o desejo da mãe. Mas é papel do profissional orientar sobre os riscos do desmame precoce e dos benefícios do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses.
Você pode dar mais orientações para o desmame acontecer naturalmente. Leve em conta também que a técnica utilizada para fazer a criança desmamar varia de acordo com a idade. Confira mais algumas dicas que podem ser recomendadas:
Se a criança for maior, o desmame pode ser planejado com ela.
Pode se propor uma data, oferecer uma recompensa e até mesmo uma festa.
A mãe pode começar não oferecendo o seio, mas também não recusando.
Pode também encurtar as mamadas e adiá-las.
Mamadas podem ser suprimidas distraindo a criança com brincadeiras, chamando amiguinhos, entretendo a criança com algo que lhe prenda a atenção. A participação do pai no processo, sempre que possível, é importante.
A mãe pode também evitar certas atitudes que estimulam a criança a mamar, como não sentar na poltrona em que costuma amamentar e evitar os horários de costume.
Chegamos ao fim desta etapa de estudos.
Agora faça uma pausa e reflita sobre o conteúdo visto. Lembre-se de que, caso tenha alguma dúvida sobre o que vimos no decorrer desta etapa, você pode voltar e rever todos os detalhes.