Unidade 3 |
Atenção Domiciliar na Rede Básica de Saúde: avaliação e monitoramento |
O plano de trabalho da UBS e de cada equipe deve ser avaliado considerando a capacidade de atingir os resultados esperados e sua organização custo-efetiva. Nessa linha para qualificar o mérito, a avaliação do processo de trabalho deve basear-se nos 3 E´s da gestão pública : eficiência, eficácia e efetividade.
|
Objetivos
• Compreender conceitos básicos de avaliação e monitoramento na saúde;
• Nomear os resultados pretendidos durante a realização de visitas domiciliares no contexto do plano individual de cuidados;
• Selecionar indicadores de qualidade para o monitoramento das ações e cuidados prestados pela equipe da UBS no âmbito domiciliar;
• Utilizar uma matriz de avaliação para monitoramento da atenção domiciliar na RBS.
Eficiência
Trata-se de eliminar o desperdício de recursos, inclusive de recursos humanos. Para exemplificar a situação de desperdício de recursos humanos tomemos a relação/comunicação das equipes da UBS com os NASF’s (Núcleos de Apoio à Saúde da Família). Considerando que os NASF’s contam com profissionais/especialistas de referência em diferentes áreas técnicas o trabalho colaborativo e o apoio do NASF às equipes da UBS deveriam ser o padrão tanto na elaboração do plano de trabalho da UBS como para a elaboração e avaliação do plano de cuidado de cada pessoa assistida no âmbito do domicílio.. A comunicação pontual e até inexistente entre as equipes da UBS e os NASF’s limita e, até inibe esse trabalho compartilhado, o que resulta em desperdício do recurso existente.
Eficácia
Trata-se da utilização adequada dos recursos existentes. Não é incomum os relatos de equipes que planejam visitas a uma pessoa com vários profissionais ao mesmo tempo, gerando uma gama variada de orientações impossíveis de serem absorvidas na íntegra por cuidadores, família e pela pessoa assistida. Para ser eficaz, o atendimento domiciliar precisa planejar a utilização dos recursos disponíveis no tempo certo.
Efetividade
é a geração de impactos positivos a partir de determinada intervenção. Assim, não faz sentido propor ações que não possam gerar resultados adequados para a organização do cuidado. Por exemplo: não adianta seguir com visitas rotineiras de avaliação dos dados vitais de uma pessoa se estas informações, efetivamente, não se converterem em proposta de monitoramento e adequações terapêuticas.