Abordagem Inicial e atendimento sequencial
1.3 Lesões na gengiva ou na mucosa oral
Em todos os casos de lesões na gengiva ou na mucosa oral, deve-se proceder à limpeza e à antissepsia da região, à remoção de fragmentos dentários e corpos estranhos, ao reposicionamento dos tecidos e à sutura, quando necessário.
1.4 Casos de fratura na dentição decídua
O tratamento indicado nesses casos é plastia de esmalte (regularização) ou restauração direta em resina composta. O controle radiográfico está indicado na sexta semana após o trauma.
Quando a exposição pulpar ocorre, podem ser realizados capeamento pulpar ou pulpotomia, desde que o referido dente não esteja no período de esfoliação. Deve-se realizar acompanhamento periódico da evolução do caso.
O tratamento de eleição nesses casos é a exodontia.
Nos casos de fraturas radiculares segue-se a mesma orientação recomendada para os dentes permanentes (vide tópico 1.1, fratura radicular). Entretanto, se houver indicação de exodontia, o fragmento apical não deverá ser removido e a contenção poderá ser dispensada.
A conduta clínica é o acompanhamento do caso com controle clínico após o primeiro e o segundo mês, e proservação por 1 ano.
Geralmente a exodontia é o tratamento de escolha nesses casos.
Realiza-se o acompanhamento do reposicionamento natural do dente traumatizado. Nos casos de suspeita de envolvimento com o germe dental permanente, é indicada a extração do dente decíduo. Indica-se controle radiográfico após o primeiro e o segundo mês e acompanhamento por um ano.
A prescrição medicamentosa segue roteiro semelhante ao utilizado para traumatismos na dentadura permanente, entretanto a posologia deve sofrer adequação de acordo com idade e peso da criança. Você deve acessar o Anexo D para ter detalhes sobre a prescrição medicamentosa em odontopediatria.
1.5 Descrição dos procedimentos clínicos
Estão listados, a seguir, os procedimentos indicados para as situações clínicas descritas anteriormente. Observe:
Plastia do esmalte | Procedimento realizado para fraturas restritas ao esmalte dentário, sem comprometimento estético, por meio do desgaste seletivo do esmalte com brocas diamantadas finas e extrafinas, seguidas de polimento com lixas e pasta polidora. Passe o mouse aqui e veja os passos clínicos. |
Colagem de fragmento dentário | Para realização deste procedimento, algumas condições básicas deverão ser avaliadas. Primeiramente, o fragmento dentário deve ter sido recuperado. Após avaliação, o dignóstico e a definição do plano de tratamento, deve-se limpar o fragmento e testá-lo em posição para avaliá-lo quanto à adaptação. Nos casos de fratura não complicada de coroa, a colagem poderá ser conduziada durante a consulta odontológica de urgência ou assim que possível. Passe o mouse aqui e veja os passos clínicos. |
Restauração direta em resina | Quando o fragmento não é encontrado ou não se consegue uma boa adaptação ao remanescente dental, pode-se optar pela reconstrução do tecido dentário faltante por meio de restaurações diretas em resina. Passe o mouse aqui e veja os passos clínicos. |
Contenção rígida com resina composta | Nos casos de envolvimento das estruturas de suporte dos elementos dentais, muitas vezes a contenção rígida é indicada. Ela pode ser realizada tanto com um fio de aço fixado com resina composta aos elementos dentais, quanto com a própria resina utilizada na união desses. Passe o mouse aqui e veja os passos clínicos. |
Para todos os casos, o acompanhamento é essencial para o diagnóstico de possíveis complicações, sendo que o intervalo entre os retornos é condicionado pelo tipo de trauma e pela conduta terapêutica aplicada.