Intoxicações exógenas

Mercúrio - hidrargirismo

Os trabalhadores expostos ao mercúrio são aqueles ligados à extração e fabricação do mineral, fabricação de tintas, barômetros, manômetros, termômetros, lâmpadas, garimpo, recuperação do mercúrio por destilação de resíduos industriais e outras.

Vale o registro de casos de intoxicação no setor de saúde, especificamente na esterilização de material utilizado em cirurgia cardíaca, e também no setor odontológico. Os vapores de mercúrio e seus sais inorgânicos são absorvidos principalmente pela via inalatória, sendo que a absorção cutânea tem importância limitada (BRASIL, 2002, p. 29).

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Volatilidade e transformação biológica fazem do mercúrio um dos mais importantes tóxicos ambientais. Ou seja, o mercúrio lançado na atmosfera pode precipitar-se nos rios e, por meio da cadeia biológica, transformar-se em metilmercúrio, que irá contaminar os peixes.

O mercúrio é um metal que se une a grupos sulfidrilos (SH). Assim, várias são as enzimas que podem ser inibidas por esse metal, resultando em bloqueios em diferentes momentos metabólicos.

A principal ação tóxica do mercúrio se deve à sua ligação com grupos ativos da enzima monoaminoxidase (MAO), resultando no acúmulo de serotonina endógena e diminuição do ácido 5-hidroxindolacético, com manifestações de distúrbios neurais (BRASIL, 2002, p. 29).