Distúrbio nutricional por excesso: obesidade

A obesidade infantil apresenta caráter epidêmico e prevalência crescente no mundo todo. O médico e os demais profissionais da atenção básica devem se atentar a realizar prevenção da obesidade na rotina do seu cuidado. É uma preocupação muito séria, pois é uma doença associada com muitas consequências negativas à saúde das crianças.

Algumas das consequências são: doenças cardiovasculares, diabetes melito, hipertensão arterial, problemas comportamentais, entre outros (FERNANDES et al., 2012).

Clique nas caixas de texto abaixo e veja a definição, as principais causas e complicações do sobrepeso e obesidade na criança:

A obesidade é definida como um estado no qual o peso corporal está grosseiramente acima do aceitável ou ideal, geralmente em razão do acúmulo excessivo de gorduras no corpo. Os padrões podem variar com a idade, sexo, fatores genéticos ou culturais. O diagnóstico da obesidade infantil é determinado por meio do índice de massa corporal, com um IMC > escore-z +3. Destacamos que o diagnóstico de sobrepeso corresponde ao IMC > escore-z +2 e escore-z +3.

A obesidade é causada pela oferta alimentar inadequada e/ou mal balanceada, ingesta excessiva de alimento, traços/constituição que favorece a formação de tecido adiposo, estilo de vida, fatores constitucionais que favorecem (membros da família com história de obesidade), condições psicológicas e sociais desfavoráveis, presença de outras condições/patologias como oligofrenias e paralisias, dentre outros.

A avaliação laboratorial pode ser útil se houver suspeita de excesso de peso de causa endócrina (T4, TSH, raio X de sela túrcica) ou para diagnosticar complicações da obesidade: glicemia e insulina em jejum (diabetes ou resistência à insulina), triglicerídeos, colesterol total e HDL (dislipidemia), transaminases e ecografia abdominal (esteatose hepática) (DUNCAN et al., 2013).

Entre as complicações da obesidade podemos citar: alterações psicossociais (discriminação, isolamento), alterações no crescimento (idade óssea avançada, estatura aumentada, menarca precoce), alterações respiratórias, cardiovasculares, ortopédicas e metabólicas. Vale ressaltar que o excesso de peso nas crianças pode seguir para adolecência e vida adulta.