A Vigilância em Saúde da gestante com sífilis congênita, HIV positiva e criança exposta a HIV e outras ISTs

A sífilis é uma infecção de caráter sistêmico, causada pelo Treponema pallidum (T. pallidum), exclusiva do ser humano, e que, quando não tratada precocemente, pode evoluir para uma enfermidade crônica com sequelas irreversíveis em longo prazo. É transmitida predominantemente por via sexual e vertical (HORVÁTH, 2011; BRASIL, 2015).

A sífilis é um importante agravo em saúde pública, pois além de ser infectocontagiosa e de poder acometer o organismo de maneira severa quando não tratada, aumenta significativamente o risco de se contrair a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, uma vez que a entrada do vírus é facilitada pela presença das lesões sifilíticas (HORVÁTH, 2011; BRASIL, 2015).

A presença do T. pallidum no organismo também acelera a evolução da infecção pelo HIV para a síndrome da imunodeficiência adquirida (HORVÁTH, 2011).

A sífilis congênita é responsável por altas taxas de morbidade e mortalidade, podendo chegar a 40% a taxa de abortamento, óbito fetal e morte neonatal (LUMBIGANON et al., 2012; BRASIL, 2015).