Qualidade da informação

É a partir desses dados coletados que se constroem os indicadores de imunizações. As doses aplicadas compõem o numerador. Por isso, se elas não forem adequadamente registradas, as coberturas vacinais poderão ser superestimadas ou subestimadas (BRASIL, 2014). Agora, clique nos números para ver que outros fatores têm o poder de superestimar ou subestimar as coberturas vacinais:

  • A baixa captação dos nascidos vivos pelo Sinasc e a superestimação da população-alvo pelo IBGE, que compõem o denominador desse indicador de coberturas vacinais, podem subestimar ou superestimar as coberturas vacinais e, por consequência, a homogeneidade de coberturas vacinais e as taxas de abandono.

  • A ausência de notificação de um evento adverso por determinada vacina, que pode subestimar a incidência do evento causado por essa vacina.

  • A falta de registro do lote da vacina, que pode impossibilitar a verificação do seguinte dado: se um lote específico de vacina é mais ou é menos reatogênico.

  • Além disso, a falta de registro do movimento dos imunobiológicos na sala de vacina, que pode comprometer a programação da necessidade desses insumos no mesmo local (BRASIL, 2014).

A análise da real situação vacinal de uma dada população depende do registro correto e é condição essencial para a construção de indicadores fidedignos e a tomada de decisões baseadas em evidências. Informações incorretas podem gerar um mau planejamento e uma equivocada programação, além de oferecer uma falsa sensação de proteção contra as doenças imunopreveníveis.