O isolamento e os estigmas da doença
Observe, ao clicar nas caixas, o esquema que mostra como a hanseníase tem afetado a sociedade além de apenas sintomas físicos.
Na atualidade o estigma da hanseníase está fortemente relacionado ao passado da doença, quando era conhecida por lepra, não havia tratamento e os seus portadores eram isolados da sociedade para evitar a contaminação de outras pessoas.
A mudança do nome de lepra para hanseníase ocorreu na tentativa de amenizar o estigma da doença, mas isso não se deu conforme esperado. Ainda persiste a falta de informações corretas sobre a hanseníase entre os portadores, suas famílias e comunidade, o que desencadeia situações preconceituosas e conduz ao impacto psicológico (NUNES; OLIVEIRA; VIEIRA, 2008).
Além disso, os sentimentos relacionados a esta doença, como o medo, a vergonha, a culpa, a exclusão social, a rejeição e a raiva estão internalizados no psiquismo de seus portadores. O estigma e o preconceito permanecem no imaginário dos indivíduos, pois estão enraizados em nossa cultura, causam grande sofrimento e dor aos portadores de hanseníase (BAIALARDI, 2007).
A discriminação de pessoas afetadas pela doença possui um impacto negativo no acesso ao diagnóstico, nos resultados do tratamento e na atenção, além de afetar o funcionamento social (WHO, 2016). Isto facilita a transmissão da doença, além de prejudicar a conclusão bem-sucedida do tratamento, pois muitos pacientes continuam a sofrer exclusão social, depressão e perda de renda (WHO, 2016).