A atual política brasileira de Saúde Mental foi fruto de uma mobilização iniciada na década de 1980, para mudar a realidade dos manicômios. Visa inserir esses pacientes na sociedade em vez de excluí-los em circuitos paralelos.
Muito frequentemente os profissionais de saúde centram suas atenções e seus esforços na doença como algo a ser resolvido, cujos sintomas devem acabar. Por esse motivo, é comum que o profissional sinta-se receoso e, muitas vezes, frustrado, no manejo das doenças aqui discutidas, pois nem sempre conseguirá corresponder às expectativas de “cura” (BRASIL, 2013a, b).
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A maior parte da carga originada de transtornos neuropsiquiátricos se deve à depressão, ansiedade, às psicoses e aos transtornos atribuíveis ao uso inadequado do álcool. Clique nas numerações para continuar a leitura.
Na Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2013, 7,6% dos adultos brasileiros referiram ter recebido, em algum momento da vida, diagnóstico prévio de depressão feito por médico ou profissional de saúde mental (STOPA et al., 2015).
Uma revisão sistemática de literatura que verificou os índices de prevalência dos transtornos mentais na população adulta brasileira (TMC; estados mistos de depressão e ansiedade) observou prevalência entre 20% e 56%, acometendo principalmente mulheres e trabalhadores (SANTOS; SIQUEIRA, 2010).
1980
A atual política brasileira de Saúde Mental foi fruto de uma mobilização iniciada na década de 1980, para mudar a realidade dos manicômios. Visa inserir esses pacientes na sociedade em vez de excluí-los em circuitos paralelos.
2000
Assim, em 2000 foi fortalecida a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e surgiram diversas entidades substitutivas aos manicômios: os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência (Cecos), as enfermarias de saúde mental em hospitais gerais, entre outros (BRASIL, 2013a, b).
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Saúde mental. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013a. 176 p. (Cadernos de Atenção Básica, n. 34). Disponível em: http://189.28.128.100/.../caderno_34.pdf. Acesso em: 1 nov. 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Linha de cuidado para a atenção integral às pessoas com transtorno do espectro do Autismo e suas famílias no Sistema Único de Saúde: versão consulta pública. Brasília: Ministério da Saúde, 2013b. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/....
STOPA, S. R. et al. Prevalência do autorrelato de depressão no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Rev bras epidemiol, v. 18, supl. 2, p. 170-180, dec. 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/.... Acesso em: 1 nov. 2016.
SANTOS, E. G.; SIQUEIRA, M. M. Prevalência dos transtornos mentais na população adulta brasileira: uma revisão sistemática de 1997 a 2009. J. bras. psiquiatr., Rio de Janeiro, v. 59, n. 3, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/.... Acesso em: 1 nov. 2016.