Organização da assistência em saúde mental
Uma revisão dos principais temas da literatura científica brasileira sobre saúde mental na Estratégia Saúde da Família verificou entre os estudos revisados que problemas como visões estereotipadas sobre os transtornos mentais, predominância da lógica manicomial, ausência de registros, fluxos, estratégias, apoio qualificado às famílias e de integração em rede ainda são problemas a serem superados (SOUZA et al., 2012).
Noções básicas de saúde mental devem ser incluídas nos cursos de graduação e nas capacitações frequentemente dispensadas pela educação permanente, garantindo que os profissionais entendam a sua função em cada peça do sistema de saúde.
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É preciso também que o serviço respeite o princípio da equidade no seu cotidiano, priorizando o atendimento aos casos mais graves e que precisam de acompanhamento mais próximo e assumindo o acompanhamento daqueles, cujo grau de complexidade e de recursos necessários para o cuidado sejam menores.
As equipes da ESF precisam compreender o seu importante papel no atendimento em saúde mental, mas também reconhecer os limites da sua atuação.
Isso implica dizer que é fundamental conhecer a rede de atenção à saúde mental, assim como dialogar constantemente com a equipe de saúde mental que dá suporte para a sua UBS ou mesmo para a mais próxima.
O trabalho na ABS é, antes de tudo, intersetorial. Isso implica no estabelecimento de parcerias que podem ajudar a apontar para esses sujeitos possibilidades para além dos muros das unidades de saúde, na lógica da inclusão social.