Saúde mental e reforma psiquiátrica brasileira

A história da assistência psiquiátrica no Brasil tem seu marco institucional com a inauguração do Hospital Psiquiátrico Pedro II, no ano de 1852, na cidade do Rio de Janeiro (BARROS; EGRY, 1994). Nesse contexto, o modelo de atenção seguia o então praticado na Europa, na lógica da institucionalização e exclusão social (MINAS GERAIS, 2006).

Com o passar dos anos os hospícios foram ganhando má fama em razão das condições precárias apresentadas. O número de institucionalizados era superior ao que os hospitais podiam receber, tornando-se escassa a alimentação e o vestuário para os doentes, além do fato de a atenção dispensada não ter sido humanizada.

Esse cenário possibilitou o investimento da iniciativa privada no campo da saúde mental, especialmente no período em que o país passava pela ditadura militar.

A industrialização da loucura era reforçada pelos convênios entre clínicas psiquiátricas privadas e o poder público, resultando em altos gastos públicos com internações sem protocolo definido.