Alguns estudos relataram o aumento da prevalência de DM tipo 2, obesidade e doença cardiovascular em vários grupos indígenas (VIEIRA FILHO, 1996; ROCHA et al., 2011).
Não há informações epidemiológicas detalhadas e consistentes que permitam mapear a ocorrência de diabetes mellitus (DM) em indígenas no Brasil. Clique nos botões abaixo e leia mais.
Contudo, os poucos relatos e estudos de caso disponíveis na literatura sugerem fortemente tratar-se de problema emergente e de gravidade nessas populações (COIMBRA Jr; SANTOS; ESCOBAR, 2005).
A primeira referência à DM em grupos indígenas no Brasil é dos anos 1970, entre os índios caripunas e palikures, no Amapá. Esse estudo realizou 192 glicemias de jejum em participantes acima de 12 anos; dois indivíduos apresentaram nível acima de 200 mg/dL e sintomatologia clássica de DM (VIEIRA FILHO, 1977).
Um estudo realizado na comunidade Ianomâmi com 72 indígenas, com idade acima de 18 anos, encontrou apenas uma glicemia capilar pós-prandial maior do que 200 mg/dL (BLOCH; COUTINHO; LOBO, 1993).
Atenção
Alguns estudos relataram o aumento da prevalência de DM tipo 2, obesidade e doença cardiovascular em vários grupos indígenas (VIEIRA FILHO, 1996; ROCHA et al., 2011).
Referências
BLOCH, K.V.; COUTINHO, E.S.F.; LOBO, M.S.C. Pressão arterial, glicemia capilar e medidas antropométricas em uma população Yanomámi. CadSaude Publica, v. 9, n. 4, p. 428-38, 1993.
COIMBRA JR, C.E.A.; SANTOS, R.V.; ESCOBAR, A.L. (Org.). Epidemiologia e saúde dos povos indígenas no Brasil. Rio de Janeiro: FIOCRUZ; Rio de Janeiro: ABRASCO, 2005. 260 p.
VIEIRA FILHO, J.P.B. Emergência do diabetes melito tipo 2 entre os Xavántes. RevAssocMed Bras., v. 42, n. 1, p. 61-5,1996.