COIMBRA JR, C.E.A.; SANTOS, R.V.; ESCOBAR, A.L. (Org.). Epidemiologia e saúde dos povos indígenas no Brasil. Rio de Janeiro: FIOCRUZ; Rio de Janeiro: ABRASCO, 2005. 260 p.
São escassas as informações sobre a epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica (HAS) em populações indígenas brasileiras. A maioria dos estudos que avalia os níveis pressóricos foi realizada em grupos que ainda se mantinham relativamente “isolados”. Poucos trabalhos foram conduzidos sobre o tema visando avaliar os impactos das mudanças socioculturais e ambientais em curso sobre os níveis tensionais (COIMBRA Jr; SANTOS; ESCOBAR, 2005). Clique nos botões abaixo e acompanhe mais sobre a epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica (HAS) em populações indígenas brasileiras.
Estudando índios xavantes na década de 60, Neel et al (1964) identificaram que as pressões sistólicas e diastólicas estavam na faixa de 94-126 e 48-80 mmHg, respectivamente, e não foram observados casos de HAS.
Cerca de 30 anos depois, o mesmo grupo foi reestudado e os resultados apontam claramente para uma tendência de aumento dos níveis tensionais sistólicos e diastólicos em ambos os sexos e foram detectados casos de hipertensão.
O consumo diário de sal e o tabagismo passaram a ser praticados por boa parcela da comunidade. Além disso, notou-se também uma correlação positiva entre pressão sistólica e idade, inexistente anteriormente (COIMBRA Jr; SANTOS; ESCOBAR, 2005).
Referências
COIMBRA JR, C.E.A.; SANTOS, R.V.; ESCOBAR, A.L. (Org.). Epidemiologia e saúde dos povos indígenas no Brasil. Rio de Janeiro: FIOCRUZ; Rio de Janeiro: ABRASCO, 2005. 260 p.