Condições clínicas que se associam com a DRC

História familiar de doença renal crônica

Estudos demonstram que indivíduos com familiares, principalmente de primeiro grau, que fazem ou fizeram diálise e/ou foram transplantados renais, têm mais chances de desenvolver DRC (NATIONAL KIDNEY FOUNDATION, 2002). Clique nas setas para continuar a leitura.

  • Esse conhecimento, em parte, decorreu da avaliação de potenciais doadores vivos de rins. Para ser doador de rim, o indivíduo necessita ser saudável, particularmente na avaliação renal, e, portanto, é submetido a vários exames complementares.

  • O que se observa eventualmente é que alguns destes potenciais doadores no processo de avaliação apresentam perda de sangue e/ou albumina na urina, alguma alteração na TFG ou de imagem renal, estabelecendo-se então o diagnóstico de DRC.

  • Particularmente importante é identificar a DRC em descendentes de pacientes que apresentam a doença renal policística autossômica do adulto (DRPA). Trata-se de doença genética, de evolução lenta ao longo de décadas, e que constitui a quarta principal causa de falência funcional renal com necessidade de diálise e/ou transplante renal.

  • No passado, o diagnóstico dos pacientes com DRPA geralmente acontecia quando o paciente era internado já com necessidade de tratamento dialítico, contudo a disponibilidade mais frequente da ultrassonografia, bastante sensível na identificação dos cistos renais (espécie de “bolhas de urina”), tem permitido diagnosticar a doença mais precocemente, inclusive nos seus estágios mais inicias, nos descendentes de pacientes que apresentam a doença (RAHBARI-OSKOUI et al., 2014).