Karl Heinrich Marx |
Intelectual e revolucionário alemão, economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista, fundou a
doutrina comunista moderna. Segundo a teoria de Marx sobre a sociedade, a economia e a política – conhecida,
no conjunto, como marxismo - as sociedades humanas evoluem por meio da luta de classes: no sistema capitalista,
a luta entre a classe burguesa que controla a produção e o proletariado ou classe trabalhadora que constitui
a mão de obra para a produção. Ele chamou o capitalismo de "ditadura da burguesia", executada pelas classes ricas
em seu próprio benefício. Marx previu que, assim como os sistemas socioeconômicos anteriores, o capitalismo produziria
contradições que o conduziriam à autodestruição e, por consequência, à sua substituição por um novo sistema:
o socialismo. Ele argumentou que a sociedade socialista seria governada pela classe trabalhadora por meio do
que ele chamou de "ditadura do proletariado", ou "estado dos trabalhadores" ou "democracia dos trabalhadores
" e constituiria a fase de transição para a sociedade comunista, esta sim, fundada na liberdade e na igualdade. |
Freud |
Sigmund Schlomo Freud mais conhecido como Sigmund Freud, foi um médico neurologista e criador da Psicanálise. Nasceu
em uma família judaica, em Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco. Iniciou seus estudos
pela utilização da técnica da hipnose como forma de acesso aos conteúdos mentais no tratamento de pacientes com
histeria. Ao observar a melhoria de pacientes de Charcot, elaborou a hipótese de que a causa da doença era psicológica,
não orgânica. Também é conhecido por suas teorias sobre os mecanismos de defesa e repressão psicológica assim
como pela utilização clínica da psicanálise como tratamento da psicopatologia, por meio do diálogo entre o paciente
e o psicanalista. Freud acreditava que o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana. |
Hannah Arendt |
Hannah Arendt, filósofa política alemã de origem judaica, nascida Johanna Arendt, em Linden, Hanover, Alemanha,
em 14 de outubro de 1906, foi uma das mais influentes pensadoras do século XX. Defendia o "pluralismo" no âmbito
político pois, graças a ele, o potencial de liberdade e igualdade política seria gerado entre as pessoas. Importante
é a perspectiva da inclusão do Outro. Como fruto desses pensamentos, Arendt se situava de forma crítica ante
a democracia representativa e preferia um sistema de conselhos ou formas de democracia direta. Como fontes de
suas investigações Arendt se utilizou de biografias e obras literárias, além, é claro, de documentos filosóficos,
políticos e históricos. Seu sistema de análise - parcialmente influenciado por Heidegger - a converte em uma
pensadora original situada entre diferentes campos de conhecimento e especialidades universitárias. |
Habermas |
Jürgen Habermas (Düsseldorf, 18 de Junho 1929), filósofo e sociólogo alemão, insere-se na tradição da teoria crítica
e do pragmatismo. Ele é conhecido por suas teorias sobre a racionalidade comunicativa e a esfera pública, sendo
considerado como um dos mais importantes intelectuais contemporâneos. Habermas concebe a sociedade como mundo
da vida e sistema, o primeiro sendo o âmbito da ação comunicativa, o segundo o âmbito da ação estratégica. Na
ação comunicativa, a orientação da ação é voltada para o entendimento mútuo e não para o sucesso individual.
Dessa forma, os atores procuram harmonizar seus interesses e planos de ação, por meio de um processo de discussão,
buscando o consenso. Embora os dois tipos de orientação incorporem racionalidade, há grande diferença entre eles,
a saber, na ação estratégica a definição da finalidade não abre espaço para ouvir os argumentos dos outros, enquanto
no agir comunicativo há espaço de diálogo, por meio e a partir do qual são feitas as reflexões e decisões sobre
quais os melhores objetivos e as melhores formas de serem efetivados pelo grupo social. O entendimento mútuo,
provindo da linguagem, em sua dimensão comunicativa, isto é, a fala, será importante mecanismo de coordenação
de ações, e servirá de base para a crítica da dominação, como quer que ela se expresse e, mais importante, para
a construção de um modelo alternativo e efetivo de democracia.. |
Simone Beauvoir |
Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir, mais conhecida como Simone de Beauvoir (Paris, 9 de janeiro de
1908 — Paris,14 de abril de 1986), foi uma escritora, filósofa existencialista e feminista francesa. As suas
obras oferecem uma visão sumamente reveladora de sua vida e de seu tempo. Em seu primeiro romance, A convidada
(1943), explorou os dilemas existencialistas da liberdade, da ação e da responsabilidade individual, temas que
abordou igualmente em romances posteriores como O sangue dos outros (1944) e Os mandarins (1954), obra pela qual
recebeu o Prêmio Goncourt e considerada a sua obra-prima. As teses existencialistas, segundo as quais cada pessoa
é responsável por si própria, introduzem-se também em uma série de quatro obras autobiográficas, além de outras
como Memórias de uma moça bem-comportada (1958), A força das coisas (1963) e Tudo dito e feito (1972). Entre
seus ensaios críticos cabe destacar O segundo sexo (1949), profunda análise sobre o papel das mulheres na sociedade;
A velhice (1970), sobre o processo de envelhecimento, onde teceu críticas apaixonadas sobre a atitude da sociedade
para com os anciãos e A cerimônia do adeus (1981), onde evocou a figura de seu companheiro de tantos anos, Sartre. |
Materialismo histórico |
O materialismo histórico, abordagem histórico-metodológica criada por Karl Marx e Friedrich Engels (1818-1883),
para conceber a sociedade, postula que desenvolvimento e transformação sociais são determinados pelo modo como
os seres humanos produzem coletivamente sua vida e sua história. Em outras palavras, pelo trabalho. Do modo como
o trabalho se organiza é que são geradas as classes sociais, as relações entre elas, as estruturas políticas
e as formas de pensar de uma dada sociedade. Ou seja, a base da sociedade é econômica. A evolução histórica,
desde as sociedades mais remotas até à atual, seria resultado das lutas de classes decorrentes da "exploração
do homem pelo homem", isto é, dos escravos e senhores, nas sociedades antigas; dos servos oprimidos e senhores
opressores no feudalismo; da classe trabalhadora e burguesia, no capitalismo. |
Fetichismo da mercadoria |
Fetichismo da mercadoria é o modo pelo qual Karl Marx denominou o fenômeno social e psicológico segundo o qual as
mercadorias, que são produtos do trabalho, aparentam ter vontade independente de seus produtores. |
Feudalismo |
O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações de servidão. Tem suas origens na
decadência do Império Romano. Predominou na Europa durante a Idade Média. |
Biopolítica |
A biopolítica é um campo que permite agregar, aproximar e associar setores da realidade relacionados com a vida,
a natureza e o conhecimento, cujas mudanças ao longo do tempo foram provocadas pela indústria, pela ciência e
pela tecnologia, que hoje disputam o campo político-econômico mundial. |
Biopoder |
Biopoder é um termo criado originalmente pelo filósofo francês Michel Foucault para referir-se à prática dos estados
modernos de controle e regulação dos que a ele estão sujeitos por meio de "uma explosão de técnicas numerosas
e diversas para obter a subjugação dos corpos e o controle de populações". Foucault usou-o em seus cursos no
Collège de France, mas ele apareceu pela primeira vez em A vontade de saber, primeiro volume da História da Sexualidade. |
O Manifesto Comunista |
O Manifesto Comunista, originalmente denominado Manifesto do Partido Comunista, publicado pela primeira vez em 21
de Fevereiro de 1848, é historicamente um dos tratados políticos de maior influência mundial. Comissionado pela
Liga dos Comunistas e escrito pelos teóricos fundadores do socialismo científico, Karl Marx e Friedrich Engels,
ele expressa o programa e propósitos da Liga. O Manifesto Comunista foi escrito no meio do grande processo de
lutas urbanas das Revoluções de 1848, chamadas também de Primavera dos Povos, processo revolucionário de quase
um ano que atingiu os principais países Europeus e tinha como principais reivindicações as reformas sociais.
O movimento conquistou duas importantes vitórias, a diminuição da jornada diária de trabalho de 12 para dez horas
e o voto universal, embora apenas para os homens. |
Marcha das Vadias |
A Marcha das Vadias ou Marcha das Galdérias é um movimento que surgiu a partir de um protesto realizado no dia 3
de abril de 2011, em Toronto, no Canadá, e desde então se internacionalizou, sendo realizado em diversas partes
do mundo. A Marcha das Vadias protesta contra a crença de que as mulheres vítimas de estupro teriam provocado
a violência por seu comportamento. Por isso, marcham contra o machismo, contando sobre os seus próprios casos
de estupro. As mulheres durante a marcha usam não só roupas cotidianas, mas também roupas consideradas provocantes,
como blusinhas transparentes, lingerie, saias, salto alto ou apenas o sutiã. |
A Marcha Mundial de Mulheres |
A Marcha Mundial das Mulheres, movimento feminista internacional, tem por finalidade a realização de campanha mundial
contra a pobreza e a violência contra as mulheres. Teve início em 2000, no dia 8 de março, Dia Internacional
da Mulher, com grande mobilização de mulheres do mundo todo e perdurou até o dia 17 de outubro, do mesmo ano,
tendo por bandeira “2000 razões para marchar contra a pobreza e a violência sexista”. Propõe a organização de
mulheres urbanas e rurais e a aliança com diferentes movimentos sociais, na defesa das mulheres como sujeitos
ativos na luta pela transformação de suas vidas e, para tanto, pela superação do sistema capitalista patriarcal,
racista, homofóbico e destruidor do meio ambiente. |
O apartheid |
O apartheid é o nome dado ao regime de segregação racial adotado de 1948 a1994, na África do Sul, por meio do qual
os direitos da grande maioria dos habitantes eram cerceados pelo governo formado pela minoria branca. A segregação
racial nesse país teve início ainda no período colonial, mas o apartheid foi introduzido como política oficial
após as eleições gerais de 1948. A nova legislação dividia os habitantes em grupos raciais ("negros", "brancos",
"de cor", e "indianos"), segregando, inclusive, as áreas residenciais, muitas vezes por meio de remoções forçadas.
A intensa violência do regime gerou tanto movimento de resistência interna como pressão internacional, com longo
embargo comercial de outros países. Apesar da crescente repressão e violência do Estado, o movimento social saiu
vitorioso com a convocação de eleições multirraciais e democráticas em 1994, vencidas pelo Congresso Nacional
Africano: chega ao fim o regime do apartheid, pela mobilização do povo sul africano, sob a liderança de Nelson
Mandela.
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