Verrugas anogenitais

Tratamento das verrugas anogenitais na Atenção Básica

Em relação ao plano de cuidados medicamentoso e não medicamentoso, quais são as orientações que poderiam ser dadas para Luciana?

Após Luciana ter passado por acolhimento com escuta qualificada, entrevista e exame físico, tendo recebido diagnóstico clínico de verrugas anogenitais, proceder-se-ia com o manejo adequado dessas lesões. Clique nos botões abaixo e leia como a condução poderia ser realizada.

O tratamento das lesões anogenitais induzidas pelo HPV deve ser individualizado, considerando tamanho, morfologia, número e local das lesões. Outros fatores necessitam ser considerados no momento da decisão terapêutica, como preferência do(a) paciente, custos, disponibilidade de recursos, conveniência, efeitos adversos e experiência do profissional de saúde (BRASIL, 2015).

Portanto, no caso de Luciana, o(a) médico(a) ou enfermeiro(a) deve considerar apenas observar a evolução das lesões caso ela apresente lesão única ou poucas lesões, especialmente se assintomáticas. Entretanto, uma opção terapêutica viável na unidade de saúde é aplicar nos condilomas ácido tricloroacético a 80% a 90% em solução alcoólica, em pequena quantidade, com cotonete, microbrush ou escova endocervical montada com algodão.

Ao secar, a lesão ficará branca. Se Luciana apresentar dor intensa, o ácido pode ser neutralizado com sabão ou bicarbonato de sódio ou talco. Se necessário, repetir semanalmente. E caso as lesões sejam refratárias ao tratamento com ácido tricloroacético, deve-se encaminhar Luciana para ginecologista (BRASIL, 2016).

Além disso, devem ser ofertados a Luciana preservativos e gel lubrificante, testes para HIV e demais ISTs (sífilis, hepatite B, gonorreia e clamídia), se disponíveis na unidade de saúde e, se houver indicação, a profilaxia pós-exposição para o HIV. Também deve-se enfatizar a importância da adesão ao tratamento e da vacinação para HBV e HPV (BRASIL, 2015).