Tratamento das verrugas anogenitais na Atenção Básica
Além do tratamento medicamentoso, o Ministério da Saúde regulamenta ainda outras modalidades de tratamento como a eletrocauterização, a crioterapia e a exérese cirúrgica, que devem ser consideradas a depender do quadro clínico do(a) usuário(a) (BRASIL, 2015). Clique nas abas abaixo para saber mais sobre cada modalidade:
Eletrocauterização
É o tratamento realizado através da utilização de um eletrocautério para remover lesões isoladas. Exige equipamento específico e anestesia local e não está indicado nas lesões vaginais, cervicais e anais, visto que o controle da profundidade do efeito é difícil, podendo causar necrose tecidual extensa, com estenose em estruturas tubulares, como canal anal e vaginal. Os principais efeitos colaterais incluem dor, sangramento, ulceração e cicatrizes deformantes (BRASIL, 2015).
Crioterapia
Utiliza-se da citólise térmica para remoção das verrugas, por meio de equipamentos específicos resfriados (nitrogênio líquido ou CO2). É útil quando há poucas lesões ou em lesões muito queratinizadas. Pode ser necessária a realização de mais de uma sessão terapêutica, respeitando um intervalo de uma a duas semanas entre as sessões, raramente necessitando de anestesia. Pode facilitar o tratamento se há muitas lesões ou envolvimento de área extensa. Os principais efeitos colaterais incluem dor, eritema e bolhas no local da aplicação (BRASIL, 2015).
Exérese Cirúrgica
É mais indicada para o tratamento de poucas lesões e quando é desejável exame histopatológico. Esse método traz maiores benefícios a pacientes que tenham grande número de lesões ou extensa área acometida, ou, ainda, em casos resistentes a outras formas de tratamento. Na presença de lesão vegetante no colo uterino, deve-se excluir a possibilidade de se tratar de uma neoplasia intraepitelial antes de iniciar o tratamento. Essas pacientes devem ser referidas a um serviço de colposcopia para diagnóstico diferencial e tratamento adequado. Os principais efeitos colaterais são a dor local, sangramento e cicatrização deformante (BRASIL, 2015).