Ocorre quando as pessoas infectadas por HPV não desenvolvem qualquer lesão, podendo permanecer latente durante toda a vida. Nessa situação não existe manifestação clínica, citológica ou histológica, sendo demonstrada a infecção apenas por meio de exames de biologia molecular (detecção do DNA viral). Somente algumas pessoas podem vir a expressar a doença com condilomas ou alterações celulares do colo uterino após alguns anos da infecção (BRASIL, 2015).
Nesta apresentação, a lesão ocorre quando as microlesões pelo HPV são diagnosticadas por meio de exame de Papanicolau e/ou colposcopia (lesões acetobrancas), com ou sem biópsia. A lesão intraepitelial escamosa de baixo ou alto risco é detectada com mais frequência. Os tipos oncogênicos de HPV podem resultar em lesões precursoras do carcinoma escamoso da cérvice uterina, divididas em lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (NIC I/displasia leve) e lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC II/NIC III, displasia moderada, displasia severa, carcinoma in situ). Além disso, outros epitélios podem sofrer a ação oncogênica do vírus, resultando em neoplasia intraepitelial vaginal, vulvar, perineal, peniana e anal (BRASIL, 2015).
O diagnóstico clínico é dado na apresentação clínica (lesão macroscópica). A forma mais comum de apresentação é conhecida como verruga genital ou condiloma acuminado. Manifesta-se pela presença de lesões exofíticas, com superfície granulosa, únicas ou múltiplas, restritas ou disseminadas, da cor da pele, eritematosas ou hiperpigmentadas e de tamanho variável (BRASIL, 2015).