Comportamento e tendências das variáveis demográficas
A projeção de inversão da pirâmide etária brasileira, conforme visto na página anterior, têm implicações diretas para a saúde, uma vez que a população mais envelhecida passa a sofrer mais de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), características do processo de envelhecimento.
Por outro lado, o perfil de morbimortalidade era bem distinto na primeira metade do século passado, quando as doenças infecciosas e parasitárias (DIP) eram responsáveis por importante parcela dos óbitos.
Essa característica, somada a altas taxas de mortalidade infantil (TMI), fazia com que a expectativa de vida fosse de apenas 43 anos de idade em 1940 (IBGE, 2017). Para efeitos comparativos, a expectativa de vida calculada para o ano de 2010 era de 73 anos de idade (IBGE, 2011).
A mudança no perfil da morbimortalidade da população, deixando de apresentar predominância das DIP para serem substituídas pelas DCNT, é denominada “transição epidemiológica”. Esse fenômeno foi descrito inicialmente para o continente europeu, que experimentou a transição epidemiológica nos séculos 18 e 19.