Assim define Merhy, “uma relação humanizada, acolhedora, que os trabalhadores e o serviço, como um todo, têm que estabelecer com os diferentes tipos de usuários, alterando a relação fria, impessoal e distante que impera no trato cotidiano dos serviços de saúde”. Os pilares da ação terapêutica do vínculo:
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1. o acolhimento, que favorece o estabelecimento do vínculo e permitindo o cuidado;
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2. a escuta, que permite o desabafo (denominado catarse em termos psicológicos) e cria espaços para o paciente refletir sobre seu sofrimento e suas causas;
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3. o suporte, que representa o continente para os sentimentos envolvidos, reforçando a segurança daquele que sofre, empoderando-o na busca de soluções para seus problemas; e
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4. o esclarecimento, que desfaz as fantasias e aumenta a informação reduzindo a ansiedade e a depressão. Facilita a reflexão e permite uma reestruturação do pensamento com repercussões nos sintomas emocionais e até mesmo nos físicos. (CHIAVERINI et al, 2011, pag. 63).