Integralidade no cuidado

Cuidar do sofrimento psíquico, trabalhando os aspectos subjetivos do adoecimento, mental ou não, representa uma área na qual a maior parte dos profissionais de saúde refere insegurança.

Esta insegurança surge não apenas do desconhecimento técnico, mas também de visões preconceituosas e estigmatizantes, além da presença de fenômenos mentais dos próprios profissionais, tais como a identificação com o paciente, as emoções despertadas na interação da relação por razões inconscientes vividos como aspectos de difícil manejo na prática (CHIAVERINI et al., 2011, p. 187).

Como seria o princípio da integralidade aplicado na prática? Clique nos números para descobrir:

  • Mattos (2004) traz um exemplo de uma mulher jovem que procura um serviço de saúde, por ter sido vítima de estupro na véspera do atendimento.

  • Em primeiro lugar, ela precisa ser acolhida. A conversa deverá necessariamente tratar da oferta da contracepção de emergência, assim como das medidas de intervenção diante da possibilidade de adquirir doenças sexualmente transmissíveis como a infecção por HIV.

  • Mas seria um absurdo que os profissionais começassem uma conversa sobre a necessidade das práticas de sexo seguro.

  • O que caracteriza a integralidade é obviamente a apreensão ampliada das necessidades, mas principalmente a habilidade de reconhecer a adequação de nossas ofertas ao contexto específico da situação no qual se dá o encontro do sujeito com a equipe de saúde.