“Ser centrado na pessoa” é um jeito de orientar os cuidados no encontro com o profissional de saúde, que inclui 3 dimensões:
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1ª) o centro do poder. Aqui é compartilhado com o paciente (em relação à condução da consulta, à análise da situação e ao processo de tomada de decisão do manejo), quando classicamente o poder se concentrava no médico/profissional de saúde. É muito importante estimular a participação ativa e a responsabilização do paciente nas decisões sobre o seu tratamento;
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2ª) o foco da entrevista. Ser centrada na pessoa ou na doença reflete o embate entre o modelo biopsicossocial e o biomédico. No 1º é possível discutir os aspectos subjetivos da doença, a vivência dos sintomas, os sentimentos despertados como medos e preocupações;
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3ª) o objetivo da consulta. No modelo aqui proposto, o objetivo é um entendimento entre médico e paciente na construção de uma parceria, em oposição ao modelo cujo objetivo é um diagnóstico e a prescrição de um tratamento. No modelo centrado na pessoa a ênfase se dá no fortalecimento da relação médico-paciente (KOLLING, 2013). Lembrem-se sempre: Não existem doenças, existem doentes.