Integralidade no cuidado

A escuta e o olhar atento são elementos essenciais para a integralidade da atenção. Mattos (2004, p. 1415), ao discutir os sentidos da integralidade, ressalta a importância da recusa ao reducionismo no cuidado à saúde. Clique nas setas para compreender o conceito do autor:

  • Nós, os profissionais de saúde, detemos um vasto conhecimento sobre as doenças e os sofrimentos por elas causados, bem como sobre certo número de ações capazes de interferir em algum grau sobre o modo de andar a vida estreitado pela doença.

  • É esse conhecimento que nos permite atuar diante de um sofrimento assistencial. Mas, na perspectiva da integralidade, não devemos reduzir um sujeito à doença que lhe provoca sofrimento.

  • Ao contrário, manter a perspectiva da intersubjetividade significa que devemos levar em conta, além dos nossos conhecimentos sobre as doenças, o conhecimento (que não necessariamente temos) sobre os modos de andar a vida daqueles com quem interagimos nos serviços de saúde.

  • Isso implica a busca de construir, a partir do diálogo com o outro, projetos terapêuticos individualizados.

Esse autor considera a possibilidade de articular ações preventivas e assistenciais pelos profissionais em um duplo movimento e ressalta:

  • Importância da apreensão ampliada das necessidades de saúde.

  • Contextualização do sofrimento, da doença e das propostas de intervenção na vida de cada um.

  • Elaboração dos projetos terapêuticos.

Assim, também se diferencia da supervisão, pois o matriciador pode participar ativamente do projeto terapêutico. O matriciamento constitui-se numa ferramenta de transformação, não só do processo de saúde e doença, mas de toda a realidade dessas equipes e comunidades.