Os serviços em rede e a classificação de risco gestacional

Na linha de produção do cuidado à gestante com sua devida estratificação de risco, devemos reconhecer também os fatores de risco indicativos de encaminhamento ao pré-natal de alto risco. Clique nos títulos abaixo para ler sobre cada fator influenciador:

Fatores relacionados às condições prévias

  • - Cardiopatias.

  • - Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica não controlada).

  • - Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de transplantados).

  • - Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo).

  • - Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia).

  • - Doenças neurológicas (como epilepsia).

  • - Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicose, depressão grave etc.).

  • - Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses).

  • - Alterações genéticas maternas.

  • - Antecedentes de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar.

  • - Ginecopatias (malformação uterina, tumores anexiais e outras).

  • - Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras ISTs (condiloma).

  • - Hanseníase.

  • - Tuberculose.

  • - Anemia grave (hemoglobina < 8 g/dL).

  • - Isoimunização Rh.

  • - Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado.

  • Fatores relacionados à história reprodutiva anterior

  • - Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de causa desconhecida.

  • - Abortamento habitual (duas ou mais perdas precoces consecutivas).

  • - Esterilidade/infertilidade.

  • - História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal (interrupção prematura da gestação, morte intrauterina, síndrome HELLP, eclâmpsia, internação da mãe em UTI).

  • Fatores relacionados à história reprodutiva gravidez atual

  • - Restrição do crescimento intrauterino.

  • - Polidrâmnio ou oligodrâmnio.

  • - Gemelaridade.

  • - Malformações fetais ou arritmia fetal.

  • - Evidência laboratorial de proteinúria.

  • - Diabetes mellitus gestacional.

  • - Desnutrição materna severa.

  • - Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante para avaliação nutricional).

  • - Neoplasia intraepitelial cervical grau III.

  • - Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-RADS III ou mais.

  • - Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão gestacional ou transitória).

  • - Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite (toda gestante com pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao hospital de referência para avaliação).

  • - Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso.

  • - Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras ISTs (infecções sexualmente transmissíveis, como condiloma), quando não há suporte na unidade básica.

  • - Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual.

  • - Adolescentes com fatores de risco psicossocial.