Apoio Matricial

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A proposta do Apoio Matricial

O apoio matricial foi proposto inicialmente como um novo arranjo organizacional da assistência à saúde, capaz de potencializar saberes e práticas. É um importante modificador das práticas centradas nas doenças e procedimentos, levando à abordagem de forma mais integral do ser humano, desfragmentando o processo de trabalho (Campos, 1999).

O Apoio Matricial assegura retaguarda especializada a equipes e profissionais encarregados da atenção a problemas de saúde. Trata-se de uma metodologia de trabalho complementar àquela prevista em sistemas hierarquizados, a saber: mecanismos de referência e contrarreferência, protocolos e centros de regulação.

O apoio matricial pretende oferecer tanto retaguarda assistencial quanto suporte técnico pedagógico às equipes de referência.

Depende da construção compartilhada de diretrizes clínicas e sanitárias entre os componentes de uma equipe de referência e os especialistas que oferecem apoio matricial. Essas diretrizes devem prever critérios para acionar o apoio e definir o espectro de responsabilidade tanto dos diferentes integrantes da equipe de referência quanto dos apoiadores matriciais (Campos; Domitti, 2007).

Assim, se a equipe de referência é composta por um conjunto de profissionais considerados essenciais na condução de problemas de saúde da comunidade, eles deverão acionar uma rede assistencial necessária a cada caso. Em geral, é em tal rede que estarão equipes ou serviços voltados para o apoio matricial, no caso, os NASFs, de forma a assegurar de modo dinâmico e interativo, a retaguarda especializada nas equipes de referência, no caso, as ESFs. Relembramos então que o NASF está inserido na rede de serviços dentro da Atenção Básica (AB), assim como as ESFs, ou seja, ele faz parte da AB (BRASIL, 2010).

Leitua Complementar:

Para ler um pouco mais sobre apoio matricial, você pode acessar o caderno HumanizaSUS Equipe de Referência e Apoio Matricial clicando aqui.

Como mencionamos anteriormente o apoio matricial apresenta as dimensões de suporte: assistencial e técnico-pedagógico.

A dimensão assistencial é aquela que vai produzir ação clínica direta com os usuários.

O exemplo a seguir ilustra essa afirmação:

Em um atendimento de rotina o médico da ESF identifica a partir do relato de uma usuária que ela enfrenta violência física por parte do seu filho, que faz uso de drogas ilícitas. Diante dessa situação, o profissional percebe a necessidade de atendimento com abordagem multiprofissional. Neste caso, é solicitado o apoio profissional do psicólogo e da assistente social do NASF para a discussão do caso e o atendimento conjunto.

Delziovo, Moretti-Pires, Coelho e Lindner

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