Entende-se, portanto, que profissionais de saúde, movimentos sociais, organizações populares, políticos e autoridades públicas, todos possuem sua parcela de responsabilidade sobre as repercussões positivas ou negativas que as políticas públicas exercem sobre as condições de vida e de saúde da população (BUSS, 2000).
Na prática:
Mas o que estas tendências têm a ver com as práticas de saúde? De que forma elas influenciam as ações desenvolvidas pelas equipes de saúde?
O entendimento que temos de Promoção à Saúde determina o modo como desenvolvemos nossas práticas no intuito de alcançá-la. Portanto, ao compreendermos que as ações de promoção são mais amplas do que a prescrição de hábitos “saudáveis” ou desejáveis, nossas práticas devem buscar garantir a igualdade de oportunidades e proporcionar os meios necessários para que todas as pessoas realizem completamente seu potencial de saúde.
Nesta lógica, surgem novas demandas para os profissionais que atuam na Atenção Básica: dar conta de tarefas técnicas e ao mesmo tempo trabalhar em prol da promoção da saúde de indivíduos e comunidade adscrita, desenvolvendo ações em saúde que busquem melhorar suas condições de vida e não apenas evitem ou tratem doenças e agravos.
Na prática:
Mas como nos tornamos promotores de saúde?
Não existem receitas pré-estabelecidas. Entretanto, alguns elementos são essenciais e precisam estar presentes quando falamos em promoção da saúde na perspectiva socioambiental (WESTPHAL, 2003):
Em suma, a proposta da promoção da saúde aqui discutida visa a uma transformação no sistema e nos serviços de saúde que transcenda a culpabilização dos indivíduos e os encoraje a exercerem o papel de atores sociais de mudança, aptos a lutarem por melhores condições de vida e saúde. Entende-se, portanto, que atuar dessa forma permite o fortalecimento da intersetorialidade e do empowerment comunitário, assim como o exercício da cidadania e do controle social.
Verdi, Freitas e Souza