O exame físico deve ser realizado com intuito de identificar uma causa secundária. Na maior parte das vezes, o exame neurológico afasta a possibilidade de doença neurológica estrutural, confirmando a hipótese de cefaleia primária. Alguns itens importantes para o exame físico:
Medida de pressão arterial:
- hipertensão crônica não costuma causar cefaleia, entretanto uma crise hipertensiva sim.
Inspeção cervical e do crânio:
- ferimentos, cicatrizes, lateralização da cabeça e alteração muscular.
Palpação cervical e crânio:
- hipertonia muscular, pontos dolorosos, seios da face, articulação temporomandibular e trajeto da artéria temporal superficial.
Ausculta:
- auscultar com campânula do estetoscópio as regiões da articulação temporomandibular, carótidas, região temporal, occipital e ocular. Sopros sugerem malformações vasculares.
Oroscopia e otoscopia:
- busca por processos inflamatórios.
Fundo de olho:
- descartar a presença de papiledema.
Sinais meníngeos:
- rigidez de nuca sugere meningite ou hemorragia subaracnóidea.
Exame neurológico sumário:
- avaliação da força e sensibilidade em membros, marcha e pares cranianos. Os sinais focais são sugestivos de tumores cerebrais, crises epilépticas ou hematoma subdural.
Exame do estado mental:
- alterações de consciência, orientação e cognição sugerem infecção, neoplasia ou hemorragia subaracnoide. Pode-se utilizar instrumentos de triagem como o minimental ou o teste do relógio