Atenção Integral à Saúde da Mulher

Atenção Integral À Saúde da Mulher no Planejamento Familiar

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Recomendações práticas selecionadas para uso de métodos anticoncepcionais

Outro método que atualmente é parte do arsenal de métodos contraceptivos oferecidos pelos programas de Planejamento Familiar no Brasil é o DIU (dispositivo intrauterino). Podem ser utilizados em dois tipos:

Os dispositivos intrauterinos são pequenos artefatos de polietileno aos quais são adicionados cobre ou hormônios. Uma vez inseridos na cavidade uterina, exercem função contraceptiva, impedindo a fecundação por dificultar a passagem do espermatozoide pelo trato reprodutivo feminino e reduzir a possibilidade de fertilização do óvulo.

Lembre-se de que o DIU com levonorgestrel causa supressão dos receptores de estradiol no endométrio, atrofia endometrial e inibição da passagem do espermatozoide através da cavidade uterina (BRASIL, 2002).

A taxa de falha do Tcu - 380 é cerca de 0,6 a 0,8% e do MLCu - 375 é de 1.4%, ambos calculados para o primeiro ano de uso. Já para o DIU com levonorgestrel é de 0,1% no primeiro ano de uso. O índice de gestações, expulsão e remoção por motivos médicos diminui a cada ano de uso (BRASIL, 2002).

As concentrações de cobre e de levonorgestrel no trato genital superior caem rapidamente após a remoção do DIU e a recuperação da fertilidade é imediata. O prazo de validade é definido na embalagem do produto e segue os critérios de cada fabricante. Após o vencimento do prazo de validade, é necessário a reesterilização do DIU com óxido de etileno (BRASIL, 2002).

No manuseio clínico, é importante observar as orientações à mulher em relação à inserção, aos efeitos colaterais e às complicações decorrentes do uso do dispositivo, bem como atentar para as situações de remoção do DIU.

A inserção do DIU é tecnicamente simples, podendo ser facilmente aprendida. É necessário prática e treinamento adequados sob supervisão direta para aprender como inserir o DIU.

Na prática:

A mulher deve ser avaliada clinicamente antes da inserção do DIU, de forma a afastar infecções vaginais, cervicais e pélvicas. Lembre-se de que se houver infecção é preciso tratar e agendar o retorno para inserção no próximo período menstrual.

A usuária do método deve ser orientada para o uso de preservativo masculino ou feminino de forma a reduzir o risco de infecção do HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis (dupla proteção).

São necessários retornos subsequentes para reavaliação do posicionamento tópico do DIU a cada 6 meses no primeiro ano de inserção. Os demais retornos são anuais.

Esse método também tem efeitos colaterais.

Leitura complementar:

Leituras recomendadas para o aprofundamento sobre as características dos métodos contraceptivos:

Clique aqui para acessar: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Faculdade de Ciências Médicas. Brasil. Diretrizes, normas e condutas. Anticoncepção cirúrgica voluntária (ACV), feminina (LT) ou masculina (VAS).

Clique aqui para acessar: UNIFESP. Brasil. Anticoncepção hormonal.

Santos, Zampieri, Oliveira, Carcereri, Correa, Tognoli e Freitas

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