Nos grandes centros urbanos e industriais mundiais, as doenças crônico-degenerativas, especificamente as doenças cardiovasculares (DCV), tornaram-se a principal causa de óbito. A emergência de tais doenças a esse patamar trouxe consigo graves consequências socioeconômicas, transformando-as em um grave problema de saúde pública. Além disso, acarretou uma série de mudanças em toda a atenção à saúde.
Para iniciar o nosso diálogo sobre as patologias de maior incidência na atualidade, geradoras de condições crônicas de saúde, selecionamos a hipertensão arterial, o diabetes mellitus, as doenças respiratórias e as lesões neurológicas, considerando que essas doenças e agravos demandam que o indivíduo e sua família busquem cuidados por meio dos diferentes caminhos, da rede de atenção à saúde, da atenção básica ao setor terciário.
O Ministério da Saúde, por meio dos Cadernos de Atenção Básica, fortalece as ações para a promoção da saúde desenvolvidas em nosso país. São distribuídos gratuitamente e podem ser acessados on-line no Portal de Saúde do MS, e contêm informações que auxiliam na implementação do modelo assistencial de atenção à saúde na Atenção Básica, valorizando as práticas de saúde.
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Clique aqui e acesse Cadernos da Atenção Básica no site do ministério da saúde. Você terá acesso a diversos conteúdos de orientação e atenção aos usuários com doenças crônicas, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças respiratórias dentre outros.
Não modificáveis
Hereditariedade: história familiar de hipertensão arterial.
Idade: o envelhecimento aumenta o risco do desenvolvimento da hipertensão em ambos os sexos.
Estimativas globais sugerem taxas de hipertensão arterial mais elevadas para homens a partir dos 50 anos e para mulheres a partir dos 60 anos.
Raça/Etnia/Cor: Nos Estados Unidos, estudos mostram que a população negra é mais propensa à hipertensão arterial que as pessoas brancas. No Brasil, não existem estudos que comprovem essa evidência. É importante lembrar que o termo etnia está associado a questões culturais de um determinado povo e, por este motivo, também exerce influência no processo saúde-doença. Outro ponto importante a ser considerado é o Racismo como Determinante Social das Condições de Saúde, uma vez que as iniquidades de acesso à rede de atenção, a discriminação e a exclusão social podem influenciar as condições de saúde de um determinado grupo populacional. Certas doenças são mais prevalentes em algumas populações não em função de características biológicas relacionadas à raça/etnia/cor, mas sim em decorrência de precárias condições sociais, econômicas, culturais, etc. (BRASIL, 2010).
Reibnitz Jr., Freitas, Ramos, Tognoli, Amante, Cutolo, Padilha e Miranda