Alterações bucais no envelhecimento
As alterações bucais consideradas fisiológicas que se apresentam, em maior ou menor grau, durante o processo de envelhecimento e comumente descritas na literatura são:
- Diminuição do tamanho celular;
- perda de elastina submucosa na mucosa oral;
- perda de tecido conjuntivo (colágeno);
- aumento da fragilidade das fibras colágenas;
- diminuição da função das glândulas salivares menores;
- diminuição no número e qualidade dos vasos sanguíneos e nervos;
desgaste da superfície dental pela associação dos mecanismos de atrição abrasão-erosão, esmalte dentário menos permeável;- formação excessiva de dentina secundária;
- maior espessura na camada de cemento;
- diminuição do tamanho da câmara pulpar e dos canais radiculares;
- diminuição do tamanho e do volume da polpa dentária;
- aumento dos cálculos pulpares;
- mineralização distrófica.
Problemas bucais mais prevalentes
As condições bucais prevalentes nos idosos são descritas no quadro a seguir. Confira.
Quadro 2: Problemas bucais mais prevalentes
Fonte: Do autor
Quadro 14: Resumo de problemas bucais e possíveis abordagens
Fonte: Do autor
Uso de medicações
Cerca de um terço dos idosos utiliza algum tipo de medicamento, prescrito ou não, pelo menos uma vez ao dia. No entanto, há aqueles que utilizam vários deles: cardiotônicos, anti-hipertensivos, analgésicos, sedativos, laxantes, antiácidos, entre outros. O uso concomitante de tantos medicamentos aumenta o risco de reações adversas e diminui os níveis de segurança em seu uso: troca de dosagens e de horários de ingestão, causando resultados desastrosos ou, no mínimo, anulando os efeitos do medicamento.
Embora, em algumas situações, seja indicado o uso de múltiplos fármacos pela presença de condições agudas e crônicas de adoecimento, uma revisão periódica e criteriosa de todas as medicações em uso é importante. Na revisão, avaliam-se os benefícios da terapia medicamentosa, os riscos de reações adversas e de interações medicamentosas, considerando o risco para reações que afetem o equilíbrio, a mobilidade, com risco de quedas, constipação, incontinência urinária, certificando-se dos menores riscos e maiores benefícios da terapia utilizada.
A administração de terapia medicamentosa é um fator importante para manter um idoso saudável, mas envolve, também, riscos significativos por envolver habilidades complexas que, quando comprometidas, podem se tornar avassaladoras.
Martini, Mello, Xavier, Botelho, Massignam