Sobre o risco cardiovascular em pacientes vivendo com HIV/AIDS, é incorreto afirmar:
Deve-se levar em conta se o paciente está em uso de Inibidor de Protease.
As medidas não-farmacológicas parecem ter o efeito mais importante na prevenção de eventos vasculares.
A dislipidemia, lipodistrofia, hipertensão arterial, resistência à insulina e intolerância à glicose podem estar associadas à terapia antirretroviral(TARV).
Encontra-se dislipidemia na população em uso de TARV na mesma proporção do que na população geral.
Em relação à avaliação laboratorial do paciente com HIV:
A contagem de linfócitos T-CD4+ é o indicador laboratorial mais importante em pacientes assintomáticos.
Nos pacientes assintomáticos, a carga viral (CV) não interfere na decisão de iniciar o tratamento.
A avaliação das funções hepática e renal não difere em pacientes com ou sem tratamento.
A frequência da realização do citopatológico de colo uterino deve ser a mesma da população geral.
Em relação à prevenção da transmissão vertical do HIV, qual a afirmação incorreta?
Todos os antirretrovirais orais utilizados pela gestante devem ser suspensos durante o período de infusão venosa da zidovudina (AZT).
A estavudina deve ser suspensa até 12 horas antes do início do AZT intravenoso.
A decisão de continuar ou interromper os ARV no pós-parto depende de uma série de fatores, tais como: contagem de linfócitos T CD4+, sintomas clínicos, coinfecções e estágio da doença materna.
O seguimento obstétrico da mulher com HIV, que não sofreu complicações durante o parto e puerpério imediato, é igual ao de qualquer outra puérpera.
Sobre a inibição da lactação na puérpera soropositiva para o HIV, é correto afirmar:
Deve-se tentar a inibição da lactação apenas com o enfaixamento das mamas.
O procedimento de escolha é a inibição farmacológica da lactação com a cabergolina.
Não há necessidade de informar a gestante durante o pré-natal.
Pode-se indicar o aleitamento cruzado ou a pasteurização do leite materno.
Em relação ao abortamento, qual a afirmativa incorreta?
Sempre que a adolescente tiver condições de discernimento e de expressão de sua vontade, deverá ser respeitada a sua vontade se não consentir com o abortamento, independentemente da vontade de seus representantes legais.
O abortamento infectado deve ser tratado independentemente da vitalidade do feto.
Pode ser negado o abortamento à mulher vítima de violência sexual que não tomar as providências policiais e judiciais cabíveis.
Cólicas e sangramento por tempo prolongado requerem atendimento de emergência.
Sobre a anticoncepção em pacientes pós-abortamento:
Pode-se oferecer a inserção do DIU de cobre no fim do esvaziamento uterino, se não houver suspeita de infecção.
O DIU de cobre está contraindicado.
Não há a necessidade de orientação de planejamento reprodutivo, visto que a fertilidade não retornará tão logo após o procedimento
Os principais métodos a serem oferecidos devem ser a pílula, os hormonais injetáveis ou a anticoncepção hormonal de emergência