Representações sociais de agentes comunitários de saúde sobre a maconha e o álcool foram temas pesquisados por Araújo et al (2006) e Castanha e Araújo (2006). Veja as constatações dessas pesquisas na animação a seguir:

Campanhas relacionadas ao uso e aos usuários de drogas no Brasil e mundo afora têm sido veiculadas com objetivo de enfrentar o estigma e de garantir os direitos das pessoas que usam drogas. A Organização das Nações Unidas veiculou em 2009 uma série de vídeos contra o estigma e o preconceito dirigido a alguns grupos populacionais e que incluiu usuários de drogas.

Esses vídeos estão disponíveis na internet e enfatizam a ideia de que as pessoas que usam drogas são cidadãos. Da mesma forma, organizações não-governamentais também advogam pelo respeito aos direitos das pessoas que usam drogas.

Na Inglaterra, a Organização Não Governamental (ONG) Release veicula uma campanha intitulada “Pessoas legais usam drogas” (Nice people take drugs) para reduzir o estigma associado às pessoas que usam drogas e que torna quase impossível haver um debate razoável sobre o tema.

No Brasil existem algumas iniciativas de ONG que tem trabalhado em direção semelhante. A ONG Viva Rio veiculou uma campanha com foco na mudança da lei de drogas, cujo argumento central é o uso de drogas, especialmente na indistinção do usuário e do traficante de acordo com a lei de drogas brasileira (BRASIL, 2006).

A lei em questão é a n. 11.343/2006. Ela institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências.

Saiba Mais

Clique aqui e conheça a Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006 na íntegra.

O estudo das representações sociais da mídia sobre o tema também contribui para análise mais ampla do fenômeno. Santos et al. (2012) analisaram matérias veiculadas em jornais pernambucanos sobre o crack. O crack – e consequentemente o seu consumo “incontrolável”– foi vinculado à dependência, fissura e morte. Desta forma, estabelece-se uma classe única de pessoas que usam crack: os dependentes. Concordamos com Medeiros (2010) quando diz que: “é muito difícil perfilar o grupo usuário de crack” (p. 182). Prova disto é que já existem relatos de uso controlado de crack (OLIVEIRA E NAPPO, 2008), embora em número limitado.