O Taylorismo é uma concepção de produção baseada em um método científico de organização do trabalho, desenvolvida pelo engenheiro americano Frederick W. Taylor (1856-1915), caracterizada pela fragmentação do trabalho, pois cada trabalhador exerce uma atividade específica no sistema, a organização passa a ser hierarquizada e sistematizada e o tempo de produção passa a ser cronometrado.

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Para aprofundar a reflexão sobre a importância das redes de cuidado, as formas e concepções que ela pode assumir, uma leitura interessante é “As Redes na Micropolítica do Processo de Trabalho em Saúde” de FRANCO, T.B., in Pinheiro R. e Mattos R.A. (Orgs.), Gestão em Redes: práticas de avaliação, formação e participação na saúde; Rio de Janeiro, CEPESC-IMS/UERJ-ABRASCO, 2006. !

Ou seja, as redes podem tanto se auto-formar e se transformar com o intuito de responder às necessidades dos usuários, como se fossem tessituras maleáveis que vão se modificando conforme se modificam as necessidades e os projetos de vida dos usuários, ou podem se cristalizar e enrijecer, exercendo assim, sem crítica, o papel de controle dos usuários ao invés do papel de apoio a sua autonomia e constante transformação.

Nessa perspectiva, as redes podem ser tanto redes de contenção, reforçando a invalidação, a coerção, a disciplina, assim se assemelhando mais a grades, como podem ser redes flexíveis de apoio e sustentação para a descoberta de novos modos de vida e novas possibilidades aos usuários dos serviços, contribuindo para que ocupem novos lugares nas cenas que reproduzem a ausência de lugar e de sentido. Nesse sentido, elas podem ter um caráter mais emancipador e de apoio à autonomia, lidando de outra forma com a expectativa social de que exerçam apenas o controle sobre o comportamento dos usuários dos serviços.