O uso de drogas, sejam elas lícitas ou tornadas ilícitas, apresenta uma relação direta ou indireta com uma série de agravos à saúde, dentre os quais podemos destacar os acidentes no trânsito, as depressões, a violência, as hepatites virais, tuberculose e a infecção pelo vírus HIV. Cerca de 5% da população mundial entre 15 e 64 anos consome drogas ilícitas, revela o relatório do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC, 2004). Esse número é significativamente menor que o consumo de álcool (50%) nessa mesma faixa da população (UNODC, 2004).

Alguns autores (CAMPOS; SIQUEIRA; BASTOS, 2001) registram também que 36% dos casos de AIDS em mulheres, no Brasil, são atribuídos a relações sexuais desprotegidas com usuários de drogas injetáveis. É importante considerar que o número de casos expressos nessa categoria de exposição (drogas/drogas injetáveis) reflete a invisibilidade do problema, visto que é incontestável a dificuldade que muitas pessoas encontram em revelar-se perante a sociedade e ao sistema de saúde como um usuário de drogas.