Hoje se configura diante do atual cenário a necessidade de sua expansão de forma a contemplar os estilos de vida dos diferentes usuários de álcool e outras drogas, lidando com situações complexas (que, inclusive, abordam comportamentos compulsivos que não envolvem o consumo de quaisquer drogas, como a adicção por jogar, comprar, navegar em ambientes virtuais, entre outras), configurando-se num campo de ações transversais e multisetoriais, que misture enfoques e abordagens variadas, ou seja, resgatar sua dimensão de promoção à saúde.
Ainda, presenciamos uma vigorosa ampliação das possibilidades de aplicação da Redução de Danos, quando se prevê a utilização de suas estratégias para uma população bem mais ampla, muito além dos usuários de drogas. É a lógica da redução de danos sendo proposta para compor a gama de tecnologias usadas na produção do cuidado integral no SUS. O Consultório na Rua colocado como um serviço da Atenção Básica e direcionado à população em situação de rua (usuários de drogas ou não) é um bom exemplo disso.
A Redução de Danos constitui-se em mais um instrumento para esta ampliação de capacidade de acesso e vinculação de usuários de diferentes perfis, com distintos comportamentos, predileções e contextos, oferecendo uma escuta diferenciada, cuidado da saúde física e psíquica, informação, orientação, insumos de prevenção e encaminhamentos para atenção à saúde.