Também, expandir as vozes familiares para além das mulheres é um desafio político, pois como informa o lema do movimento feminista o “pessoal é político”. O olhar e a experiência masculina no provimento de cuidado tem sua particularidade (ROSA, 2009) e riqueza, que necessita de outro cuidado por parte dos trabalhadores, fomentando outras dinâmicas familiares para que o cuidar seja redistribuído, envolvendo mais pessoas das famílias de origem, e também, das redes sociais, fomentando mais a solidariedade social, pois o objetivo maior é a construção de uma outra relação entre a sociedade e a “loucura”.

Outra questão fundamental relacionada à condição de agente político de mudança das famílias é a defesa de direitos dos usuários de drogas. Como vimos em módulos anteriores de nosso curso, muito ainda temos que avançar neste quesito. As famílias precisam conhecer seus direitos e dos seus familiares usuários de drogas e encontrar condições mais favoráveis para defendê-los. As equipes dos pontos de atenção da RAPS devem certamente se ocupar da tarefa de promover/provocar este fortalecimento. Prover informações claras, orientações sobre acesso à políticas públicas e assistência judiciária são bons exemplos de como fortalecer este processo.