A aplicação desse tipo de estratégia, embora, como afirmado anteriormente, já seja reconhecida pelo próprio Ministério da Saúde como uma lógica a ser utilizada nos serviços de atenção diária, que integram a rede de cuidados em saúde mental (BRASIL, 2004d), ainda pode ser considerada, no entanto, como uma prática em construção.
Independentemente dos aspectos gerenciais e de gestão que ainda não conseguem dar a sustentabilidade desejada a essas ações, quando se procura refletir sobre as barreiras que dificultam o acolhimento, o diagnóstico e o acompanhamento clínicos (em qualquer especialidade) voltados para usuários de álcool ou outras drogas, é comum aparecer questões como as listadas a seguir.

Por fim, a violência associada ao cenário de uso de drogas é outro fator contribuinte por colocar em risco a integridade física e moral das pessoas, limitarem a adoção de medidas de proteção e dificultar ou mesmo impedir a execução de ações de prevenção ou de cuidado de modo geral, considerando que tal entendimento mobiliza medo nas pessoas, inclusive trabalhadores de saúde, e, consequentemente, o desejo de se manter afastados dos usuários de drogas. Pode-se perceber a importância de atuar nessa frente.