Embora o trabalho faça parte da relação entre o ser humano e a natureza desde tempos remotos, foi na Modernidade, com o advento do Capitalismo, que se modificou a maneira de organizar o processo de trabalho, bem como sua própria finalidade. Nessa época, ocorreu uma divisão do trabalho voltada a controlar melhor o tempo dos trabalhadores e aumentar a produção. A elaboração de um produto, antes realizada artesanalmente, possibilitava ao artesão deter o domínio de todo o processo produtivo, desde a preparação da matéria-prima até a elaboração final. A organização industrial do trabalho fragmentou esse processo, entregando partes dele a diferentes trabalhadores, de maneira que um operário passou a fazer apenas um pedaço do produto, perdendo o domínio do processo todo, bem como o sentido da destinação social do produto. A essa perda de sentido do trabalho, Marx denominou alienação (RIGOTTO, 1994).

O trabalho em saúde Voltando ao CAPS AD III onde Cláudia e Vera trabalham, constatamos que lá não se usam máquinas tampouco instrumentos para trabalhar. O trabalho e o tempo não se organizam, portanto, como em uma fábrica. O trabalho em saúde – bem como outros em que a substituição do trabalho humano por máquinas não ocorre facilmente – tem muitas peculiaridades em relação ao trabalho industrial.

Reflexão

Alguma vez você já se perguntou sobre o qual é a finalidade do trabalho em saúde?