“Criar vínculos implica ter relações tão próximas e tão claras, que nos sensibilizamos com todo o sofrimento daquele outro, sentindo-se responsável pela vida e morte do paciente, possibilitando uma intervenção nem burocrática e nem impessoal.” (MERHY, 1994, p.138)
Nos dias de hoje, é difícil encontrar uma pessoa que defenda a internação de longa permanência, em hospital psiquiátrico, o modelo asilar, como a forma mais adequada que cuidar dos doentes mentais. O mesmo não se pode afirmar quando o assunto é o uso de drogas. Rapidamente, são propostas intervenções que tem a ver com internação, controle, isolamento e tutela.
Quando profissionais e usuários se encontram, todas essas questões estão presentes: diferenças entre os dois grupos; as habilidades dos trabalhadores, como prescritores; seu furor curandis; a tendência a propor ações e estratégias que vão, inclusive, na contramão da reforma.
Termo usado por Freud que trata da excessiva necessidade do analista curar seu paciente sem dar ouvidos ao que ele quer.
Sem dúvida, para o encontro que o trabalho impõe, os profissionais trazem toda sua “bagagem” de vida. Como os usuários, trazem para esse encontro seus valores, crenças, saberes, conceitos, pré-conceitos, interesses, temores... tudo. Se isso for ignorado, certamente fracassarão em promover um encontro que produza a aproximação necessária para se garantir vínculo e consequente cuidado efetivo.
Texto do abre texto Termo usado por Freud que trata da excessiva necessidade do analista curar seu paciente sem dar ouvidos ao que ele quer.