Pois bem, após atentarmos para questões que são fundamentais na relação com a clientela, vamos abordar mais algumas questões significativas para o processo de vinculação da mesma.

A porta foi aberta, o cliente entrou em qualquer ponto do Sistema.

Depois que o acesso foi garantido, o desafio é “manter o cliente”, vinculá-lo ao serviço. Veja que falamos em vincular “ao serviço” e não a você. É necessário lembrar que o cuidado deve ser garantido com ou sem sua presença. Se você se vincula bem ao usuário, “empreste” seu vínculo a outro colega da equipe. Quanto mais portas abertas, melhor. Quanto mais profissionais vinculados ao cliente, melhor.

Nesse raciocínio, podemos também concluir que uma pergunta muito importante para se aproximar e conhecer melhor o cliente é:

“Quem já conhece?”

Alguém dessa equipe, ou de outra, já o conhece? Ele já é usuário de algum Ponto de Atenção da Rede de Saúde ou outra rede parceira?

Ou seja, você também pode receber de alguém a “autorização” para se constituir cuidador daquele sujeito. Alguém pode “emprestar” vínculo a você. Além, é lógico, de muitas informações preciosas que você pode coletar destes parceiros.

No trabalho em saúde, a rede é sempre indispensável. É importante lembrar que tudo que sabemos do usuário é o que ele ou quem o conhece nos conta. Assim, é fundamental qualificarmos nossa escuta.

Vamos em frente!

Se a tarefa é construir propostas com os usuários, propostas que tem a ver com intervenções diretas em suas vidas pessoais e que, portanto, precisam fazer sentido a ponto de levá-los a investir nisso, é preciso conhecê-los bem.

É preciso acolhê-los bem. E acolhimento tem a ver com aquela disponibilidade para cuidar da qual já falamos, não é apenas um momento institucional, não é apenas aquele primeiro encontro, como você já viu na unidade anterior.