A regra, a norma, deve ser produto da pactuação. Frequentemente, temos o excesso de cartazes proibitivos ou mencionando sanções ou punições. A relação deve estar pautada na pactuação incansável, na construção mútua de sentido e, não, centralizada na norma, na regra, na sanção.
Reflexão
Que significa isso? Que esperamos dos usuários? Que esperamos de nosso encontro? Queremos mesmo nos vincular com estas pessoas?Igualmente, não é recomendável a exposição de cartazes do tipo “guerra às drogas”, pois, para muitos usuários, a mensagem é traduzida como uma “guerra a eles”, que não escolhem caminhos adequados para seu bem viver.
O serviço público é instância e não parte. Nesse serviço, devem “caber” todos. É o espaço da sustentação das diferenças, buscando garantir acesso universal. Assim, melhor ofertar mensagens a favor da vida que contra o que quer que seja.
E ambientes escuros, lúgubres, sem luz e cor?
Reflexão
Será que nos remetem ao tema “cuidado”? Ou “proteção”? Vamos nos perguntar: Quando o ambiente é escuro, feio, temos vontade de voltar àquele lugar?Como sabemos, nos serviços da Rede de Atenção Psicossocial é muito comum ocorrência de oficinas de arte e pintura. Onde estão os produtos dessas oficinas que não estão expostos nos ambientes dos serviços? Do ponto de vista terapêutico, não é recomendável que o usuário partilhe o produto de sua expressão, quando assim o desejar?