Mulheres que vivem em situação de violência muitas vezes procuram com assiduidade os serviços de saúde e geralmente apresentam múltiplas queixas vagas e crônicas, que não são identificadas por exames. As manifestações clínicas são em nível físico, psicológico e social.
A violência contra a mulher é qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, e pode ocorrer tanto no âmbito público como privado (BRASIL, 2006).
As consequências físicas dessas ações são inflamações, contusões e hematomas em diferentes partes do corpo. Comumente, esse tipo de violência provoca fraturas no rosto (principalmente olhos e nariz), costelas, membros superiores e inferiores.
A violência sexual, por sua vez, pode ocorrer também com a utilização de objetos. Esse tipo de violência pode gerar inflamações, irritação, doenças sexualmente transmissíveis, infecção urinária, dor pélvica crônica, comprometimento da saúde reprodutiva e lesões na mucosa oral, anal e vaginal. Após sofrerem violência, as mulheres podem apresentar náuseas, vômitos, perda de peso, dores de cabeça, cólicas e dores musculares (BRASIL, 2002).