Outra natureza da violência por parceiro íntimo é a psicológica. A definição desta envolve necessariamente os atos que a compõem, como os seguintes: insulto, humilhação, degradação pública, intimidação e ameaça.
Esse tipo de agressão acontece muito e talvez até em uma proporção maior do que a violência física. Geralmente ocorre em casa, na família, afetando diretamente a autoestima e a autoimagem de quem sofre. Algumas pessoas usam a violência psicológica como uma forma de tortura para evitar que seu companheiro fuja, denuncie os maus tratos ou encontre outra pessoa para viver.
Para Brasil (2002), a violência psicológica é toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa que a sofre.
Ampliando as manifestações da natureza da violência psicológica, Brasil (2005) pontua exemplos rotineiros na violência contra a mulher, confira a seguir:
Impedir de trabalhar fora, de ter sua liberdade financeira, de sair e deixar o cuidado e a responsabilidade do cuidado e da educação dos filhos só para a mulher.
Ameaçar de espancamento e de morte, privar de afeto, de assistência e de cuidados quando a mulher está doente ou grávida.
Ignorar e criticar por meio de ironias e piadas, ofender e menosprezar o seu corpo.
Insinuar que tem amante para demonstrar desprezo, ofender a moral de sua família (BRASIL, 2005. p. 120 e 121).