Consideramos que a proposta dessas seis funções tem o sentido de auxiliar na organização da escuta e de sermos mais estratégicos, nas possíveis alianças que podemos construir para delinear um plano de intervenção junto às famílias que demandam nossa atenção.
Nesse momento gostaríamos de chamar a atenção para que os dados obtidos a partir da utilização destes instrumentos sejam utilizados como dados complementares, que precisam ser integrados àqueles que sempre emergem dos diferentes integrantes de uma equipe quando analisamos alguma situação.
Seria uma armadilha profissional, em termos de intervenção, utilizar dados do Genograma ou do Mapa de Redes, por exemplo, de forma linear. Ou seja, se foi identificada uma situação de
violência na família de origem, isto não significa, necessariamente, que haverá violência na família atual; assim como se o Mapa de Redes evidencia uma ruptura das redes sociais significativas, não necessariamente significa que a família ou integrantes apontados na rede tenha dificuldades de construir vínculos.
Chamamos a atenção para o cuidado ético que você de ter em toda intervenção, propondo diálogos interdisciplinares, no sentido de “saber escutar e respeitar a posição do outro”, e não utilizar os conhecimentos adquiridos de forma linear ou direta, pois aqui incorremos no perigo de rotular, atropelar e por consequência violentar as famílias acolhidas.