Indicadores de morbimortalidade materno-infantil

Diversas ações foram fundamentais para o declínio da mortalidade infantil no Brasil nas últimas décadas. Entre elas, podemos destacar a melhoria no atendimento materno e ao recém-nascido, as políticas de assistência social, como programas de transferência de renda, além de uma série de melhorias nas condições de vida e na atenção à saúde da criança.

Além disso, a criação da Estratégia de Saúde da Família ampliou o acesso à assistência básica à saúde nos municípios mais carentes e teve impacto positivo na redução da mortalidade infantil19,20,21. Sendo possível observar uma redução de 50% na desnutrição infantil crônica nos municípios com maior cobertura da ESF entre 1996 e 200720.

Com relação à mortalidade materna, o quinto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM 5) – determinado pela Organização das Nações Unidas e que hoje se encontra incorporado ao ODS 3 –, era reduzir em três quartos, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade materna e alcançar o acesso universal à saúde reprodutiva.

No Brasil, essa meta significava diminuir (de 141 para 64) o número de óbitos das gestantes entre 1990 e 2010. Para 2015, o índice deveria chegar a 35 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Até 2010, o Brasil atingiu o número de 68 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos, o que representa uma redução de 51%6.