Indicadores de morbimortalidade materno-infantil

Indicadores de Mortalidade

Alguns indicadores não dizem respeito somente às ações de assistência à saúde. Em relação aos indicadores “percentual de óbitos de mulheres em idade fértil e maternos investigados” e “proporção de óbitos infantis e fetais investigados”, é necessário o desenvolvimento de ações voltadas ao monitoramento de óbitos maternos e infantis.

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Essas ações devem estar articuladas com os Comitês de Mortalidade Materna e de Prevenção do Óbito Infantil, a fim de fortalecer o desenvolvimento de ações no âmbito das equipes de Atenção Básica e exercer um importante papel de controle social, contribuindo, dessa forma, para a redução das taxas de mortalidade, principalmente no casos de óbito evitável11,30.

Em relação à incidência da sífilis congênita, as ações de prevenção e controle estão intimamente relacionadas à assistência ao pré-natal e ao parto. O diagnóstico da sífilis no pré-natal possibilita o tratamento da gestante e de seu parceiro sexual, em momento oportuno, para evitar, em 100% dos casos, a transmissão da doença para o concepto. Por ser uma doença com diagnóstico e tratamento de custo baixo, o acesso a esses recursos deve estar disponível de forma fácil e ampla26.

A morbimortalidade, por contemplar fatores diversos e complexos que dificultam sua redução, constitui um grande desafio. O Brasil necessita melhorar a qualidade do pré-natal e das ações de educação em saúde em alguns aspectos como: acesso aos exames necessários no pré-natal; acesso prévio da gestante no local do parto; fortalecimento do atendimento à mulher e à criança no período do puerpério; e acompanhamento do desenvolvimento da criança30,1.