Olá, aluna(o)!

O tratamento oncológico, em seus diferentes tipos, pode causar consequências para a saúde bucal do paciente, por isso a necessidade do acompanhamento adequado por profissionais especializados na saúde bucal, para minimizar danos e favorecer o bem-estar do paciente. Assim, é imprescindível que você, cirurgiã(o)-dentista, compreenda os procedimentos de cuidados odontológicos voltados especialmente para os pacientes que estão enfrentando tratamento oncológico ou que passaram por ele em algum momento.

Com isso em mente, neste recurso, serão apresentadas as informações para que você seja capaz de compreender o atendimento odontológico ao paciente durante e após o tratamento oncológico, e identificar o papel do cirurgião-dentista nos cuidados paliativos dos pacientes com câncer.

O tratamento oncológico apresenta algumas modalidades terapêuticas que podem ser realizadas sozinhas ou combinadas, como cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia. Saiba mais sobre elas, abaixo, de acordo com informações do INCA¹:

Devido à citotoxidade, propriedade nociva dessas terapias, danos diretos podem ser causados aos tecidos bucais, como mucosite, xerostomia e disgeusia, que diferem em tempo e duração, podendo levar o paciente a uma morbidade significativa e a um potencial risco de mortalidade.

Durante o tratamento, o paciente deve reforçar os cuidados em higiene bucal para reduzir a quantidade de biofilme. O cirurgião-dentista deve realizar orientações dos cuidados de higiene oral e um protocolo de bochechos que irá variar para pacientes que realizarão apenas quimioterapia e que realizarão radioterapia de cabeça e pescoço.

A laserterapia é realizada para prevenção e tratamento da mucosite oral, principal complicação aguda do tratamento oncológico. É realizada a fotobiomodulação com laser de baixa potência, que tem propriedades de estimular a regeneração tecidual, reduzir inflamação e controle de dor, ocasionando a redução do dano aos tecidos bucais.

Portanto, a laserterapia pode ser mais uma opção de tratamento, caso haja disponibilidade de aparelho e de profissional habilitado na Unidade de Saúde da Família (USF). Quando não houver, recomenda-se procurar na Rede de Atenção à Saúde Bucal a indicação de local em que haja profissional habilitado, como nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) ou em atendimento odontológico hospitalar.

O laser de baixa potência pode emitir a luz vermelha com comprimento de onda de 660nm, tendo uma ação maior no reparo tecidual. Os parâmetros de irradiação variam, pois existem diversos tipos e marcas de lasers, com diferentes potências, densidades de energia, área anatômica a ser aplicada, energia e tempo de aplicação.

Mesmo depois que o tratamento oncológico é finalizado, os cirurgiões-dentistas possuem função importante no acompanhamento dos pacientes. Isto porque é preciso garantir que eles consigam seguir com uma boa qualidade de vida, o que também está relacionado à saúde bucal. Entre os principais objetivos desse acompanhamento estão:

Em alguns casos, o prognóstico não é bom, e os pacientes podem evoluir para uma condição extrema, necessitando de cuidados para aliviar a dor e proporcionar melhor qualidade de vida, isto é, os cuidados paliativos. Eles podem ser necessários tanto nos casos em que o tratamento oncológico é interrompido quanto naqueles em que ele é mantido para controlar o avanço da doença, ainda que não haja perspectiva de cura.

Assista ao vídeo abaixo para saber mais sobre esse assunto e para identificar o papel do cirurgião-dentista nos cuidados paliativos dos pacientes com câncer.

Agora, teste a sua compreensão em relação aos cuidados odontológicos a serem realizados durante e após o tratamento oncológico respondendo às seguintes questões: