Interpretando os Gráficos de Crescimento e Desenvolvimento
A avaliação adequada do crescimento e do desenvolvimento da criança é fundamental para o médico que atua na Atenção Primária. É preciso saber identificar os fatores de risco, assim como avaliar e orientar uma alimentação saudável nesta fase da vida.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou novos gráficos para o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento infantil (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2008).
Estes novos gráficos podem ser utilizados em qualquer parte do mundo, uma vez que o estudo mostrou que as crianças dos cinco continentes crescem de forma similar, quando suas necessidades de nutrição, cuidado e saúde são atingidas. Tais gráficos estabelecem as crianças amamentadas como modelo de crescimento e desenvolvimento normais e possibilita melhor identificação de crianças com sobrepeso/obesas.
Para você entender mais sobre a complexidade entre alimentação, saúde e criança, é recomendado uma leitura extra. Fique atento. Não é uma leitura obrigatória, porém ela é muito importante.
Saiba Mais:
Comportamento consumidor, hábitos alimentares e consumo de televisão por escolares de Florianópolis.
(Revista de Nutrição, jan./fev., 2008.)
O Grupo da OMS que desenvolveu os gráficos de crescimento, desenvolveu também um estudo de desenvolvimento motor (Motor Development Study), que visava avaliar a aquisição motora em crianças entre 4 e 24 meses, ou até que a criança estivesse andando, em diferentes culturas.
Este foi o primeiro estudo longitudinal a utilizar um protocolo padrão para descrever o desenvolvimento motor grosso entre crianças saudáveis de diferentes países e culminou na construção de uma "janela de aquisição" de marcos deste desenvolvimento motor, como exibido a seguir:
Interpretação dos gráficos de crescimento e desenvolvimento em Santa Catarina
Atualmente, em Santa Catarina, as principais causas de desvio nas curvas de crescimento são o sobrepeso e a obesidade (medido pelo IMC para a idade). Estudos de prevalência têm mostrado uma forte tendência destas condições.
O IMC, normalmente, não aumenta com a idade, como o fazem, de forma individual, o peso e a altura. Olhando para o gráfico do IMC para a idade, percebe-se que o IMC de uma criança sobe acentuadamente nos primeiros 6 meses de vida, fase em que a criança ganha peso rapidamente em relação ao comprimento. Após este período, o IMC diminui e permanece relativamente estável dos dois aos cinco anos. Na interpretação do risco de sobrepeso, é útil considerar o peso dos pais. Se eles são obesos, isto aumenta o risco de a criança também o ser. Uma criança com um dos pais obesos tem uma probabilidade de 40% de ter sobrepeso; se ambos os pais são obesos, a probabilidade sobe para 70%.
Sinais de alerta de distúrbios do desenvolvimento
Outra maneira de acompanhar o crescimento e o desenvolvimento das crianças é ficar atento aos alertas de distúrbios em períodos mais curtos.
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