Apesar da coleta do hemograma ser importante em várias situações frente a um paciente com dengue, a classificação clínica inicial do paciente independe da sua realização. Antes de se pensar na realização de exames complementares, como a paciente apresenta um quadro febril agudo, com sintomas inespecíficos, é importante coletar uma história epidemiológica e vacinal apropriada para realizar o diagnóstico diferencial com outros agravos infecciosos. No caso em questão, a presença do exantema aponta a necessidade de obtenção de história vacinal para diagnóstico diferencial com sarampo e rubéola, por exemplo. A não inclusão no diagnóstico diferencial de doenças febris agudas, com potencial letal e que requeiram tratamento específico imediato, como, por exemplo, leptospirose, malária, febre maculosa e doença meningocócica pode levar a um desfecho desfavorável para o caso.