2 - Espectro clínico

Qual a apresentação clínica clássica de um paciente com suspeita de dengue?

Foto: Arquivo Una-SUS

Quais os aspectos clínicos da dengue em crianças?

Quais os critérios clínicos de suspeição de dengue?

2 - Espectro clínico - Exantema

Qual o padrão típico do exantema na dengue?

Foto: Prof. Marcos Boulos

O exantema clássico está presente em até 50% dos casos de dengue, e é predominantemente do tipo máculo-papular, atingindo face, tronco e membros de forma aditiva, não poupando plantas de pés e mãos, podendo apresentar-se sob outras formas, com ou sem prurido, frequentemente quando a febre desaparece.

A diarreia também está presente em cerca de 48% dos casos. Além destes, que outros critérios clínicos podem caracterizar suspeição de dengue?

2 - Espectro clínico - Diarreia

Qual o quadro característico de diarreia em casos de dengue, facilitando o diagnóstico diferencial com gastroenterites de outras causas?

2 - Espectro clínico - Sinais e sintomas

Que outros sintomas podem surgir entre o terceiro e sétimo dia da doença, quando ocorre a defervescência da febre?

Sinais e sintomas após a defervescência da febre:

  • Vômitos importantes e frequentes;
  • Dor abdominal intensa e contínua;
  • Hepatomegalia dolorosa;
  • Desconforto respiratório;
  • Sonolência ou irritabilidade excessiva;
  • Hipotermia;
  • Sangramento de mucosas;
  • Diminuição da sudorese;
  • Derrames cavitários (pleural, pericárdico, ascite).

  • Quais os sinais de alarme devem ser rotineiramente pesquisados?

    2 - Espectro clínico - Sinais de alarme

    Em geral, os sinais de alarme anunciam a perda plasmática e a iminência de choque.

    O sucesso do tratamento do paciente com dengue está no reconhecimento precoce dos sinais de alarme. Se estes sinais forem reconhecidos precocemente, valorizados e tratados com reposições volumétricas adequadas, melhoram o prognóstico.

    2 - Espectro clínico - Extravasamento plasmático

    Alguns sinais anunciam o período de extravasamento plasmático e choque. Este período é crítico, e leva de 24 a 48 horas, sendo importante a realização constante da avaliação hemodinâmica do paciente.

    Como investigar clinica e laboratorialmente as manifestações hemorrágicas na dengue?

    Quais as formas de sepse na dengue?

    2 - Espectro clínico - Sinais de alarme em dengue

    Quais os sinais de choque da dengue?

    Quais as alterações hemodinâmicas podem indicar a entrada em choque?

    2 - Espectro clínico - Avaliação hemodinâmica

    O médico deve estar atento à rápida mudança das alterações hemodinâmicas de acordo com a tabela ao lado.

    Quais os fatores determinantes das formas graves da dengue?

    2 - Espectro clínico - Manifestações hemorrágicas

    As manifestações hemorrágicas e o sangramento das mucosas podem ser observadas em todas as apresentações clínicas de dengue, devendo, quando presentes, alertar o médico para o risco de o paciente evoluir para as formas graves da doença.

    Evolução para o choque

    É importante ressaltar que pacientes podem evoluir para o choque SEM evidências de sangramento espontâneo ou prova do laço positiva, reforçando que o fator determinante das formas graves da dengue são as alterações do endotélio vascular, com extravasamento plasmático, que leva ao choque, expressas por meio da hemoconcentração, hipoalbuminemia e/ou derrames cavitários.

    2 - Espectro clínico - Formas graves da dengue

    SINAIS DE DISFUNÇÃO EM DIVERSOS ÓRGÃOS

    Coração

    Insuficiência cardíaca e miocardite, associados à depressão miocárdica, redução de fração de ejeção e choque cardiogênico.

    Pulmões

    Sara (Síndrome da Agústia Respiratória), decorrente de pneumonite, pode levar à insuficiência respiratória, devendo o médico estar atento à sobrecarga de volume que pode ser a causa do desconforto respiratório.

    Rins

    A insuficiência renal aguda e menos comum, geralmente cursa com pior prognóstico.

    Fígado

    Elevação das enzimas hepáticas de pequena monta ocorre em até 50% dos pacientes, podendo, nas formas graves, evoluir para insuficiência hepática, associado à ictericia, ditúrbios da coagulação e encefalopatia.

    SCN

    Acometimentos do SNC podem incluir meningite linfomonocítica, encefalite e Síndrome de Reye, além do acometimento do sistema nervoso periférico, com sinais clínicos de plirradiculoneurite. Casos de depressão, irritabilidade, psicose, demência, paralisias, polineuropatias (Síndrome de Guillain-Barré) e encefalite pdem surgir no decorrer do período febril ou na convalescença.