Papel dos Membros da ESF no Planejamentos de Ações e Avaliação de Risco e de Vulnerabilidade em Saúde da Mulher

 

Uma das competências necessárias para os profissionais de Saúde da Família é a questão de como é efetuado o planejamento das ações individuais e da equipe de saúde. Isso implica refletir criticamente sobre o cotidiano das práticas dos serviços e como está sendo o monitoramento, a avaliação e o impacto das ações.

Uma prerrogativa do trabalho em equipe de SF é que este deva centrar-se nos problemas e limitações reconhecidos no nível local e nos outros níveis de atenção; e no gerenciamento do setor saúde e de outros setores.

Como vimos no Módulo de Saúde da Criança, a ação intersetorial é um processo de aprendizagem e determinação dos sujeitos, que deve resultar em uma gestão integrada, capaz de responder com eficácia a solução de problemas da população de um determinado território. Isso implica o desenvolvimento de ações com base territorial, a integração com instituições e organizações sociais, a construção de parcerias a fim de garantir a cidadania. Tais aspectos fazem parte dos princípios gerais da atual Política Nacional de Atenção Básica no Brasil.

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Avaliar os riscos a que estão expostos os indivíduos e os grupos familiares e igualmente a qualidade da assistência da saúde é um dos aspectos essenciais para a prática dos profissionais de SF na atenção à saúde da mulher.

Fundamental ainda é o planejamento pautado na integralidade visando intervir sobre os determinantes de saúde em múltiplos planos de cuidado e na melhoria da qualidade da assistência que minimizem os aspectos de vulnerabilidade detectados

O genograma, por sua facilidade de confecção e de interpretação, é uma das ferramentas que tem se mostrado efetiva para subsidiar o processo de avaliação de determinantes biológicos, psicossociais e ambientais sobre as condições de risco e vulnerabilidade intrafamiliar.


Critérios e indicadores da qualidade da atenção à Saúde da Mulher

As Equipes de Saúde da Família devem ter critérios visando que os princípios e diretrizes do SUS se concretizem. Isso traz implicações no cotidiano das práticas e da organização dos serviços.

No caso da saúde da mulher, é preciso lembrar que as competências são múltiplas e que as ações devem garantir que o acesso à atenção e ao cuidado seja ampliado, e, ainda, que estas estejam pautadas na integralidade, equidade, resolutividade e humanização da atenção da saúde da mulher.

O instrumento da Avaliação para Melhoria da Qualidade (AMQ) traz a saúde da mulher no mesmo tópico de saúde da população adulta, mas iremos destacar aqueles itens que se inserem especificamente à saúde da mulher. Clique e veja:

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A formação de grupos de gestantes e/ou de casais grávidos é uma atividade essencial da equipe, já que nessa fase as mulheres se encontram bastante sensibilizadas, e muitas vezes solitárias por ter poucas pessoas com quem compartilhar as mudanças que estão ocorrendo. O grupo proporciona o encontro com outras mulheres que estão passando pela mesma fase e permite que haja uma troca de experiências, pois sempre há mães de primeira viagem e outras com mais filhos.

O médico, a enfermeira ou o cirurgião dentista devem estar sempre presentes nos grupos, para que a troca de experiências seja intermediada a fim de que nenhum dano possa ocorrer oriundo do intercâmbio de informações.


Os assuntos a serem trabalhados devem ser escolhidos pela equipe juntamente com as gestantes, e podem ser em número de 6, havendo ciclos de assuntos, visto que as gestantes vão se alternando durante os grupos.

Clique em avançar e veja exemplo de assuntos que geralmente são fonte de dúvidas para as gestantes:

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Reflexão:

"Lembre-se de que esses assuntos são apenas algumas sugestões.É importante também incluir os outros membros da equipe nos grupos, de acordo com a disponibilidade, principalmente os ACS, inclusive, capacitando-os a conduzir alguns grupos. Tal prática aumenta o vínculo do ACS com as pessoas da área, além de valorizar seu trabalho na equipe."

Um ponto importante é a assistência pré-natal, além de ser oferecida com amplo acesso, para ser de qualidade, precisa ser iniciada precocemente (antes de 90 dias de gestação) e com o mínimo de 6 consultas, preferencialmente, uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre, e três no último trimestre. A consulta de puerpério deve ser realizada no máximo até 42 dias após o parto. Esse levantamento deve ser feito a partir da ficha B do SIAB, para saber se a equipe está, no mínimo, cumprindo com 80% das referidas três metas.

Caso sua equipe não esteja dando conta de tais metas, é preciso discutir isso na próxima reunião de equipe, e se levantar as causas para essa “falha”. Nesse caso, o papel de vigilância à saúde que as ACS têm é fundamental. Educações continuadas devem ser pensadas, se esse for um dos problemas. Ou a forma como tais gestantes estão sendo acolhidas na UBS, ou seja, o acesso delas está sendo facilitado?

Clique em avançar e veja outras atividades indicadas.

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Apresentamos aqui sugestões que podem ser adotadas por sua equipe, lembre-se de que elas devem ser adequadas a cada realidade, e não quer imprimir qualquer tipo de padrão no acompanhamento da saúde da mulher em seu município.

Faça a autoavaliação a seguir e verifique seu aprendizado, caso não tenha um desempenho satisfatório, refaça seus estudos.

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Santos, Oliveira, Carcereri e Tognoli