Métodos Contraceptivos e seus Critérios de Elegibilidade


Há inúmeros fatores determinantes para a adesão a cada um dos métodos anticoncepcionais, devendo-se ressaltar que tanto a indicação do uso quanto a disponibilidade por parte do Estado devem ser sempre levadas em conta pelos profissionais dos serviços de planejamento familiar em geral, inclusive por parte do médico.

Outro aspecto relevante tange às questões socioeconômicas, culturais, religiosas e psicológicas, implicadas nas percepções de indivíduos, famílias e grupos, que determinam práticas de saúde sobre a concepção, devendo ser compreendidas e respeitadas pelas equipes de saúde na sua atuação junto às comunidades.

Oppermann e Oppermann (2004, p. 343-4) explicam que:
O método contraceptivo ideal tem sido definido como aquele que seja seguro, efetivo, acessível, não relacionado ao ato sexual e que não necessite de motivação especial para seu uso. Para populações de risco, deveria, ainda, oferecer proteção contra doenças sexualmente transmissíveis.

É importante lembrar que métodos de barreira, especialmente o condom, são sempre recomendados para a prevenção de DST/HIV/DIP.

Os profissionais de saúde devem saber avaliar qual método pode ser o mais eficaz para cada caso. Acompanhe a seguir algumas recomendações e dicas.

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O sumário de indicações e contraindicações dos métodos anticoncepcionais é apresentado a partir de quatro categorias, o que está preconizado pela OMS em relação à utilização desses métodos. Tal preconização está baseada em evidências científicas, e devem ser usados como referência e adaptados à realidade de cada país e/ou comunidade.

Eis as quatro categorias por meio das quais a OMS classifica a indicação do uso dos anticoncepcionais, as quais seguem identificadas por números:
1. A condição não restringe o uso do método contraceptivo.
2. As vantagens em usar o método nesta condição superam o risco teórico ou comprovado. (Tome cuidado)
3. Os riscos teóricos ou comprovados superam as vantagens em usar o método nesta condição. (Evite)
4. O risco é inaceitável em usar o método nesta condição (Nunca use)

Significados de abreviaturas que aparecem na tabela:

  1. Na = não se aplica;
  2. IMC = índice de massa corporal;
  3. PA = pressão arterial;
  4. AVC= acidente vascular cerebral.

Clique no link para visualizar as tabelas em formato PDF.

Nos últimos anos, as doses hormonais dos anticoncepcionais têm diminuído gradativamente, com o surgimento de novos progestágenos mais seletivos, além de novas vias de administração.

Acompanhe, a seguir, os fatores que devem ser considerados na orientação do uso deste método contraceptivo.

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Odispositivo intrauterino (DIU) é o método contraceptivo mais utilizado em todo o mundo. Atualmente, é parte do arsenal de métodos contraceptivos oferecidos pelos programas de Planejamento Familiar no Brasil.

Existem dois tipos:

  1. O DIU de cobre é fornecido pelo Ministério da Saúde brasileiro. É prático, sem efeitos sistêmicos, pode ser usado pela maioria das mulheres, mesmo lactantes e nulíparas.
  2. O DIU T de cobre 380a é um dispositivo de polietileno, com filamentos de cobre de 314mm2 enrolados em uma haste vertical e dois anéis de cobre de 33mm2 em cada ramo. O seu comprimento é de 36mm e a largura de 32mm. O corpo do DIU contém sulfato de bário que o torna radiopaco. Ele tem uma duração de 10 anos.
  3. No manuseio clínico, é importante observar a orientação à paciente, a inserção, os efeitos colaterais e as complicações decorrentes do uso do dispositivo, bem como atentar para as situações de remoção do DIU.

 

A inserção do DIU é tecnicamente simples, podendo ser facilmente aprendida.
Os principais efeitos colaterais da adoção deste método contraceptivo são:

  1. aumento do fluxo menstrual;
  2. sangramento de escape;
  3. cólicas durante a menstruação e inserção do DIU;
  4. dismenorreia;
  5. cólicas ou dores pélvicas.

Vantagens do DIU:

  1. alta eficácia (99,4%);
  2. não interfere com o metabolismo;
  3. não interfere com o sistema cardiovascular;
  4. pode ser usado por mulheres hipertensas, diabéticas, varicosas, fumantes, etc;
  5. não altera o peso corporal;
  6. não quebra a espontaneidade da relação sexual;
  7. não limita a atividade sexual;
  8. não altera a libido;
  9. é um método prático, de longa duração;
  10. é reversível;
  11. pode ser usado em qualquer faixa etária do período reprodutivo.

Saiba mais:

Leituras recomendadas para o aprofundamento sobre as características dos métodos contraceptivos:
http://www.fcm.unicamp.br/diretrizes/d_n_c/criterios_%20med_eleg_met_%20ant/criterio_eleg_met_antic_pag2.html

Website da FEBRASGO Sociedade Brasileira de ginecologia e obstetrícia: http://www.febrasgo.org.br

Oppermann & Oppermann. Anticoncepção. Capítulo 35 – Medicina ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseada em Evidências. 2004, pp. 343-356

Link para anticoncepcionais orais:
http://www.unifesp.br/dgineco/planfamiliar/anticoncepcao/hormonais_content.htm

Link: Revisão sobre uso de DIU
http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?LangType=1046menu_id=49id=667

 

Os métodos anticoncepcionais envolvem conhecimento de muitas variáveis para seu uso adequado. Teste seus conhecimentos sobre eles com a atividade a seguir.

Você deve distribuir os métodos anticoncepcionais para os casos abaixo de modo a que cada caso fique com o método anticoncepcional que lhe é mais adequado.

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Créditos
Oliveira